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O homem preso pela morte de Susana Dias Batista, em Itapetininga (SP), foi condenado a 34 anos de prisão por latrocínio e estupro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (22) pela Polícia Civil da cidade.
A mulher de 47 anos foi achada morta e seminua no dia 18 de novembro de 2021, um dia depois que desapareceu ao sair com o veículo da empresa onde trabalhava.
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Mulher achada morta e seminua após desaparecer é enterrada em Itapetininga
Raimundo Nonato da Silva Pessoa foi preso três dias depois pelo crime, após ser identificado por imagens das câmeras de segurança e confessou o crime.
Ele disse aos policiais que a intenção era apenas roubar a vítima e que não a estuprou. Apesar disso, a polícia informou que o depoimento não alterou os indiciamentos e a denúncia do Ministério Público, pois o homem obrigou a vítima a tirar a roupa durante a ação, o que já configura o crime de estupro.
Segundo o delegado Agnaldo Ramos, Raimundo também foi indiciado por roubo seguido de morte porque fugiu com o celular da vítima. Ele contou que o homem vendeu o aparelho por R$ 200 depois do crime. O objeto foi recuperado e devolvido à família.
O pedreiro virou réu na segunda quinzena de dezembro, depois que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra ele. Ele já estava preso preventivamente e agora passa a cumprir a pena determinada pela Justiça.
Para a Polícia Civil, o crime está esclarecido e Raimundo é o único responsável pela morte de Susana.
A polícia informou que ele é casado, tem três filhos e não tinha antecedentes criminais. Ele deixou o Maranhão para trabalhar na construção civil no interior de São Paulo e estava em Itapetininga há um ano e meio.
Crime
Susana, de 47 anos, foi abordada no dia 17 de novembro na Rua Padre Albuquerque, no centro de Itapetininga. Ela tinha saído para almoçar com a picape da empresa onde trabalhava e câmeras de segurança registraram quando um homem entrou no veículo.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito contou que abordou a vítima para praticar um roubo e exigiu que ela entregasse dinheiro, sob ameaça verbal. Raimundo também disse aos policiais que obrigou Susana a dirigir a picape até a Rodovia Vereador Humberto Pellegrini (SP-268), entre Itapetininga e Alambari.
Ainda de acordo com o relato do suspeito à polícia, no local, ele mandou a vítima parar no acostamento, entrar na mata e se despir para que ele pudesse revistá-la e ver se ela não tinha dinheiro.
Ele nega que tenha estuprado a vítima e disse aos policiais que atingiu Susana com uma pedrada na cabeça por ter ficado nervoso com a situação. O laudo necroscópico apontou que a vítima morreu por traumatismo cranioencefálico.
“Ele se apavorou no momento porque pessoas estavam passando pelo local e resolveu atingi-la com uma pedrada para fugir da cena do crime. Ela tentou dissuadir ele de cometer o crime, tentou fazer com que ele a abandonasse no local, mas ele ficou muito nervoso, segundo o relato dele, e decidiu atingi-la com uma pedra”, afirma o delegado.
O corpo de Susana foi encontrado no dia 18 por parentes que faziam buscas às margens da rodovia, local onde a família rastreou o celular dela. A polícia informou que Susana estava seminua, com vários hematomas no rosto e um ferimento profundo na parte de trás da cabeça.
Trajeto
Além da abordagem no centro de Itapetininga, outras câmeras de segurança registraram a picape da empresa onde Susana trabalhava em outros locais da cidade.
Minutos depois da abordagem na Rua Padre Albuquerque, o veículo da empresa foi visto pela Avenida Dr Ciro Albuquerque, próximo a uma empresa de energia. Um câmera de segurança flagrou a picape passando pelo trecho às 14h49, sentido Alambari, e retornando às 15h27.
Da segunda vez que a picape passa pela avenida, aparentemente, é o suspeito quem está na direção do veículo. Neste momento, ele bate na guia e invade a calçada, quase atingindo um poste e danificando uma das rodas da picape.
O veículo foi abandonado minutos depois na Avenida Wenceslau Braz, com as portas abertas, uma das rodas danificadas e os bancos empurrados para frente. Às 15h36, uma câmera flagrou Raimundo próximo ao condomínio de luxo onde ele trabalhava como pedreiro e, às 15h50, uma testemunha afirmou à polícia que ele entrou no local.
Fonte: G1