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O navio mais importante da frota russa no Mar Negro, o cruzador antimísseis Moskvá, afundou após explosão, informou o Ministério da Defesa da Rússia.
Conhecido como “assassino de porta-aviões”, a embarcação carrega 16 mísseis com alcance de pelo menos 700 quilômetros, além de sistemas de defesa aérea capazes de proteger a esquadra de ataques aéreos.
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Segundo Kiev, o navio foi atingido por um míssil ucraniano, o que a Rússia nega.
Toda a tripulação do navio, de cerca de 500 pessoas, foi retirada, de acordo com reportagem da agência Interfax. Mais cedo, a agência Reuters reportou que a Rússia planejara rebocar o navio até o porto.
“Durante o reboque do navio Moskva até o porto de destino, o navio perdeu estabilidade por causa dos danos no casco (provocados) pelo incêndio após a explosão de munições”, declarou o ministério russo, citado pela agência estatal TASS.
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“Em condições de mar agitado, o navio afundou”, acrescentou a pasta.
O ministério russo tinha informado mais cedo que o incêndio estava controlado e que o cruzador “mantinha sua flutuabilidade”, ao mesmo tempo em que investigava as causas do incidente. Nenhum balanço foi divulgado.
As autoridades também informaram que o processo de reboque do navio estava em curso e que a tripulação de centenas de pessoas foi evacuada para outras embarcações da frota russa no Mar Negro.
Para o Pentágono, o afundamento do cruzador foi um “duro golpe” para a força naval russa no Mar Negro.
“Este é um duro golpe para a frota do Mar Negro, esta é uma parte-chave de seus esforços para efetuar algum tipo de domínio naval no Mar Negro”, disse à CNN nesta quinta-feira (14) o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
“Isto terá efeito em suas capacidades”, acrescentou.
Kiev diz que navio foi atingido por mísseis
Horas antes, o Ministério da Defesa da Rússia reportou o incêndio e evacuação do cruzador Moskva, seu navio-símbolo no Mar Negro.
O navio lança-mísseis de 186 metros de comprimento ficou “gravemente danificado” por um incêndio causado por uma explosão de munições e sua tripulação de mais de 500 homens teve que ser evacuada, segundo o ministério.
Mais tarde, garantiu que o fogo havia sido contido e que não havia mais explosões. O barco “mantém sua flutuabilidade”, acrescentou.
Mas as autoridades ucranianas afirmaram que o Moskva foi atingido por “mísseis Neptune”, o que provocou “importantes danos neste navio russo”, segundo o governador de Odessa, Maxim Marchenko.
O Moskva começou suas operações na era soviética, em 1983, e participou da intervenção russa na Síria a partir de 2015.
O navio ganhou notoriedade no início da guerra na Ucrânia, ao se envolver no ataque contra a ilha das Serpentes, quando 19 marinheiros ucranianos foram capturados e trocados por prisioneiros russos.
Na região do Donbass, no leste da Ucrânia, as autoridades afirmaram que vão retomar as evacuações de civis, após suspensão ordenada por Kiev por considerá-las muito “perigosas”.
“Os corredores humanitários na região de Luhansk vão funcionar com a condição de que cessem os bombardeios das forças de ocupação”, assinalou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
As autoridades ucranianas instaram a população da região a seguir para o oeste diante do temor de uma ofensiva russa em larga escala para controlar a área onde ficam as autoproclamadas “repúblicas” separatistas pró-Rússia de Donetsk e Luhansk, que são palco de enfrentamentos com as tropas de Kiev desde 2014.
Fonte: Yahoo!