29 de novembro, 2024

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Rússia continua a bombardear Donetsk e EUA prometem nova ajuda militar a Kiev

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Depois de quatro meses e meio de guerra, o exército russo prosseguia neste sábado (9) com os bombardeios incessantes na região de Donetsk (leste do país), ao mesmo tempo que o governo dos Estados Unidos prometeu uma nova ajuda militar a Kiev e o Reino Unido começou uma nova fase de apoio à Ucrânia, através de treinamento militar.

De acordo com uma fonte do Pentágono, a nova ajuda militar americana, de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões), inclui quatro sistemas lançadores de foguetes múltiplos Himars e mísseis de 155 mm. O objetivo é melhorar a capacidade ucraniana de atingir os depósitos de armas e as cadeias de suprimentos do exército russo.

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Washington já concedeu US$ 6,9 bilhões (R$ 36,26 bilhões) em assistência militar a Kiev desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

Além da ajuda, Washington aumentou a pressão a nível diplomático. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu ao governo da China que condene “a agressão” russa na Ucrânia durante um encontro neste sábado com o chanceler de Pequim, Wang Yi.

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Treinamento

Além da ajuda financeira, um primeiro grupo de soldados ucranianos desembarcou esta semana no Reino Unido para receber treinamento, em uma nova fase de apoio à Ucrânia. Os militares são os primeiros de um grupo de 10.000 ucranianos que serão treinados em quatro bases britânicas durante os próximos quatro meses.

Com idades entre 18 e 60 anos, a maior parte deles nunca usou armas, de acordo com o ministério da Defesa ucraniano. Eles terão aulas de tiro, de primeiros socorros e de sobrevivência, ministradas por oficiais britânicos, sem ter que se preocupar com os bombardeios do Exército russo.

O secretário britânico da Defesa Ben Wallace, visitou uma das bases, na quinta-feira, 7 de julho, e parabenizou os recrutas pela motivação.

“Este programa ambicioso de treinamento é a próxima fase de apoio do Reino Unido às Forças Armadas da Ucrânia em sua luta contra a agressão russa”, afirmou Wallace.

O programa, que Londres espera repetir, soma-se à formação que já é oferecida pelo exército britânico nas bases americanas e aos mais de € 2,5 bilhões (R$ 11,24 bilhões) de ajuda militar concedidos ao país.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky foi um dos primeiros a reagir ao anúncio da demissão do primeiro-ministro britânico Boris Johnson. Ele expressou sua “tristeza”, porque o Reino Unido foi é um dos países que mais apoiou a Ucrânia desde o começo da guerra.

Inação

Zelensky, fez uma advertência neste sábado sobre os riscos de inação diante da Rússia: “Os olhos de todos os movimentos e regimes políticos agressivos do mundo estão voltados para o que a Rússia está fazendo conosco”, escreveu no Instagram. “O mundo conseguirá levar à justiça os verdadeiros criminosos de guerra?”, perguntou, antes de alertar para o risco de “centenas de outras agressões” se o mundo não reagir.

O presidente ucraniano anunciou que passou a sexta-feira (8) na região de Dnipro (centro) e felicitou “a todos os muçulmanos da Ucrânia e do mundo” por ocasião do Eid al-Ada, a Festa do Sacrifício. Também afirmou aos tártaros da Crimeia – península anexada pela Rússia em 2014 – que chegará o dia em que “vamos nos parabenizar em uma Crimeia livre”.

O ministério da Defesa da Rússia afirmou que o exército do país provocou importantes perdas aos ucranianos nas regiões de Mykolaiv e Dnipro (sul e centro do país, respectivamente), e anunciou bombardeios em Kharkiv e Donetsk.

Ao bombardear a região de Donetsk, onde prosseguem as retiradas de civis, Moscou tenta assumir o controle de toda a bacia do Donbass, seu objetivo estratégico desde que se retirou no fim de março da região de Kiev.

No campo de batalha, o Estado-Maior ucraniano relatou neste sábado novos bombardeios russos no leste do país e em Kharkiv, mas sem uma ofensiva terrestre, exceto uma tentativa em Dolomitne, perto de Bakhmut (leste).

Fonte: Yahoo!

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