Anúncios
A Justiça da 2ª Vara Criminal de Botucatu (SP) realiza desde as 14h desta segunda-feira (22) o julgamento de quatro réus acusados de participarem do mega-assalto a bancos na cidade em julho do ano passado. Na época, a quadrilha explodiu uma agência e aterrorizou os moradores ao trocar tiros com a PM.
Os quatro acusados estão em prisão preventiva e a audiência é realizada de forma virtual no Fórum de Botucatu. Segundo o Ministério Público, os quatro réus foram denunciados por 11 crimes.
Anúncios
Apenas as partes envolvidas podem acompanhar a audiência na qual devem ser ouvidas 24 pessoas, entre vítimas, testemunhas e os suspeitos. Por isso, há previsão que o julgamento dure até dois dias.
Este é o segundo julgamento desse caso realizado na cidade. Em abril deste ano cinco pessoas já foram julgadas e condenadas por ajudarem na fuga dos criminosos.
Anúncios
Logo depois dessas primeiras condenações, a juíza, que ficou à frente do caso por quase um ano, pediu para se afastar após receber ameaças de morte.
Além do julgamento que teve início nesta segunda-feira, outros réus em um inquérito que foi desmembrado da mesma investigação devem passar por audiência na próxima quinta-feira (25).
O ataque
O assalto em Botucatu foi em julho do ano passado e durou cerca de três horas. Pelo menos 40 homens teriam participado da ação criminosa. Os bandidos fizeram moradores reféns e roubaram uma joalheria. A dona da loja acompanhou a ação dos criminosos ao vivo pelo celular.
A troca de tiros intensa foi ouvida de vários pontos da cidade e balas atingiram imóveis em uma das ruas usadas como rota de fuga do bando. Na tentativa de acalmar a população da cidade, um padre fez uma live durante os ataques e pediu proteção.
Dois policiais ficaram feridos durante o confronto na madrugada, mas receberam atendimento médico e passam bem.
Pela manhã, em um novo tiroteio entre policiais e criminosos na Rodovia Marechal Rondon, um homem ficou ferido após ser baleado enquanto tentava fugir. Ele foi socorrido, mas chegou morto ao hospital. A família dele alegou que ele é inocente e não participava da quadrilha.
Esse caso está sendo investigado e, caso fique comprovado que o homem não integrava a quadrilha e que era apenas um morador de rua, segundo testemunhas, os policiais serão indiciados por essa morte.
Desde o crime, várias pessoas foram presas suspeitas de participação no crime. Em fevereiro deste ano, policiais civis de São Paulo prenderam Carlos Wellington Marques de Jesus, apontado como um dos chefes do bando ao lado do irmão Carlos William Marques de Jesus, que foi preso no ano passado enquanto se preparava para fazer uma cirurgia na capital paulista.
Outro suspeito preso pela polícia foi identificado como Tiago Tadeu Faria, conhecido como Gianechini. A polícia informou que ele é um dos maiores criminosos de roubo a banco no Brasil e há indícios da participação dele em outros ataques semelhantes na região.
No último dia 29 de abril, foram presos mais três homens envolvidos na ação, mas um desses suspeitos foi morto em confronto com a PM em São Paulo. E em maio, outros dois suspeitos foram detidos.
Fonte: G1