25 abril, 2024

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Psoríase: mais que uma doença de pele

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No dia 29 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Psoríase, uma doença de base imune, inflamatória, crônica da pele que afeta aproximadamente 3% da população mundial. É bastante frequente entre homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, podendo também ser diagnosticada em outras fases da vida.

Para conscientizar a população sobre o tema, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) distribuirá folders pelo Hospital, elaborados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e colocará banners alusivos em locais de transito de pacientes e público em geral. ” É extremamente importante conscientizar as pessoas. A psoríase é uma doença de difícil identificação, é mais comum em pessoas de pele clara e acomete por igual os dois sexos. A doença é crônica, com grande impacto na qualidade de vida do paciente”, alerta o médico responsável pelo Ambulatório de Psoríase do HCFMB, Silvio Alencar Marques.

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Segundo o especialista, a psoríase tem forte predisponente genético, tanto que, em geral, 30% dos pacientes relatam casos familiares. Portanto, esse fator faz aumentar a suspeição para quadros iniciais, ainda que com poucas lesões.

As lesões causadas pela psoríase não coçam, mas, mesmo assim, incomodam muito quem desenvolve a doença. A principal preocupação costuma ser a questão estética, pois as manchas e lesões, quase sempre avermelhadas, podem, muitas vezes, assustar quem não sabe do que se trata, passando a impressão de que estão relacionadas a alguma doença contagiosa que pode ser transmitida pelo simples contato com o paciente.

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Os sintomas causados pela psoríase são: surgimentos de lesões avermelhadas na pele, cobertas com uma camada brancoprateada e descamativa; pequenas manchas vermelhas (muito comum em crianças); pele seca, com facilidade para sangramentos; unhas espessas e esfareladas, amareladas, descoladas e com furinhos na superfície; inchaços e articulações rígidas e doloridas.

O diagnóstico precoce, a condução correta com o paciente ciente da necessidade de cuidados diários e constantes, além do apoio psicológico, são sinônimos de quadro mais estável e controlado. “Porém, psoríase de início na infância e adolescência e com histórico familiar tem tendência a quadros mais exuberantes e difíceis de tratar” afirma Marques.

Até hoje não se sabe o que causa a doença, mas pesquisas científicas demonstram que, em 30% dos casos, o fator genético está envolvido. No entanto, estresse emocional, traumas ou irritações na pele, infecções na garganta, baixa umidade do ar ou alguns medicamentos podem aumentar ou iniciar a doença.

Após o diagnóstico feito pelo dermatologista, é indicado o início do tratamento. Normalmente, nos casos mais leves, são prescritos medicamentos como pomadas, loções, xampus ou gel. Em casos mais avançados, são indicadas sessões de fototerapia (ultravioleta com ou sem remédio), medicamentos de uso oral ou injetável.

A psoríase não tem a cura completa, mas com o tratamento adequado pode ser reduzida.

Ambulatório HCFMB

O Ambulatório de Psoríase do HCFMB foi criado em 2001 e hoje conta com a atenção de cinco médicos sêniors e três médicos residentes na equipe. Os alunos do 5° ano médico e estagiários de outras escolas acompanham esse ambulatório e atuam no diagnóstico, tratamento e identificação de co-morbidades que são frequentes nesses pacientes. Os exames disponíveis e necessários são realizados pelo próprio Hospital, que faz um acompanhamento terapêutico com uso de medicamentos.

O Ambulatório atende aproximadamente 30 pacientes a cada semana. A maioria dos pacientes tem psoríase moderada ou grave.

História de Superação

Segundo especialistas, em função dessas circunstâncias, as mulheres são mais impactadas psicologicamente, mas existem aquelas que transpõem barreiras e fazem da doença uma possibilidade de crescimento e superação, é o caso da empresária FV (38), que sofre com a enfermidade desde os 18 anos. “As manchas apareceram pequenas. Hoje controlo bem a psoríase com medicamentos e me sinto bem do jeito que sou, independente de qualquer preconceito alheio”, enfatiza.
De acordo FV, a doença só foi identificada 20 anos depois, quando manchas maiores tomaram os braços e as pernas. Nesta fase, percebeu certa rejeição de pessoas que a viam mas não conheciam a doença. “Muitas vezes quando entrava na piscina do condomínio, algumas pessoas saíam com medo de pegar a doença”, recorda-se.
Hoje mãe e profissional de sucesso, FV superou todas as barreiras impostas pela doença. Faz o tratamento tópico com acompanhamento médico, que controla qualquer progressão da psoríase.

Fonte: 4 toques

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