26 abril, 2024

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Jovem negro é acusado de roubo ao trocar presente e imobilizado em shopping do Rio; vídeo

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Um jovem de 18 anos foi acusado de roubo dentro da loja Renner, do Ilha Plaza, na Ilha do Governador. Matheus Fernandes, que trabalha como entregador, estava no local realizando a troca de um relógio que comprou para o Dia dos Pais, quando foi intimidado e rendido por dois homens, que teriam se identificado como policiais. Um vídeo da agressão viralizou nas redes sociais.

Nas imagens, é possível ver Matheus na escada do shopping, imobilizado por um dos suspeitos, enquanto o outro fica ao lado o tempo todo dando apoio. Ele chega a exibir o relógio comprado e pergunta o que fez, mas a ação segue.

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Outro trecho, gravado momentos depois, mostra um segurança do shopping, que assiste à cena sem socorrer o rapaz, enquanto outros clientes tentam defendê-lo.

— Vocês são covardes. Vocês pegam a gente na rua. Isso é covardia que vocês fazem — diz um homem, que recebe apoio de outras pessoas.

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Enquanto isso, o segurança apenas afasta as testemunhas da cena, junto com outro homem sem uniforme. Segundo a assessoria do shopping, o funcionário não agiu porque os agressores teriam se identificado como policiais. Mas a informação ainda não foi confirmada pela polícia.

Matheus relatou o que acontecera momentos antes do vídeo. Ele disse que estava dentro da loja Renner quando foi chamado por um homem a sair da loja.

— Estava esperando pelo atendimento quando ele se aproximou de mim e disse: ‘Vamos ali’. Eu disse que não sairia dali e que não era nenhum ladrão. Fui tratado como se não fosse nada, e ainda colocaram uma pistola na minha cabeça. E por que isso? Porque estou com um relógio bacana sou ladrão? Não sou ladrão, não — disse.

Família acredita que houve racismo

A mãe de Matheus crê que o filho foi vítima de racismo. Ela diz que, por tele a pele menos retinta, tem tratamento diferenciado nos shoppings e lojas.

— Foi por causa da cor da pele. Não tem outra explicação. Eu não sou tão negra, então eu posso ir no shopping, mexer em todas as roupas, posso provar as coisas de graça. Se ele está sozinho, ele não pode fazer nada disso. Foi o que aconteceu. Ele sozinho não pode? Ele vai ter que sempre estar com alguém do lado? Alguém branco?

Polícia abre investigação

De acordo a Polícia Civil, uma investigação foi aberta, e as investigações ficarão a cargo da 37ª DP (Ilha do Governador). A Civil, no entanto, não respondeu sobre a informação de que os homens teriam se identificado como policiais.

“A vítima será ouvida hoje [sexta-feira] e equipes da unidade estão em busca de testemunhas. As imagens do circuito interno do shopping estão sendo solicitadas para que possam ser analisadas. Outras diligências estão em andamento”, conclui..

Confira o posicionamento das lojas Renner

“Lamentamos profundamente o episódio de agressão ocorrido no shopping Ilha Plaza, fora da nossa loja. Repudiamos e não compactuamos com qualquer forma de preconceito, discriminação e violência. Estamos tomando as medidas necessárias para esclarecer o caso e já fizemos contato com a família do Matheus Fernandes para dar a ele o suporte necessário.

A Renner reitera que a agressão aconteceu fora da loja. Nenhum colaborador da empresa acusou o cliente de furto ou acionou a segurança do shopping para abordar o jovem. No nosso processo de apuração interna, ficou claro que os agressores não integram o nosso quadro de colaboradores ou de prestadores de serviço.

Pedimos esclarecimento ao shopping para entender o que ocorreu e o motivo pelo qual o cliente foi retirado de forma agressiva da nossa loja. Também estamos colaborando com as autoridades e já fornecemos as imagens de nosso circuito interno de TV.”

Veja a nota oficial do Ilha Plaza

“O Ilha Plaza Shopping repudia qualquer tipo de violência, lamenta profundamente o ocorrido na noite de ontem e se solidariza com o cliente Matheus Fernandes. Neste momento, está adotando todas as medidas necessárias para colaborar com as autoridades.

O Ilha Plaza Shopping é um estabelecimento familiar conhecido por ser um ambiente pacífico, democrático e seguro. Nenhum tipo de violência ou ato de racismo e preconceito são tolerados dentro de nossas dependências.

O shopping ratifica que os agressores não são funcionários do shopping tampouco funcionários da empresa de vigilância do shopping. O vigilante do Ilha Plaza (que aparece uniformizado no vídeo) atuou de forma a contornar pacificamente a situação a fim de preservar não apenas o cliente, como também todas as pessoas que lá se encontravam”.

Fonte: Extra

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