28 março, 2024

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Cuca é apresentado como técnico do Santos

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De volta ao Santos, o técnico Cuca foi apresentado na tarde desta sexta-feira e concedeu entrevista coletiva virtual.

Cuca substitui o demitido Jesualdo Ferreira num Santos que vive momento de crise política e com o elenco rachado com a diretoria. Recentemente, dois titulares, o atacante Eduardo Sasha e o goleiro Everson, foram à Justiça pedir rescisão contratual por falta de pagamento.

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Além disso, o Santos vive grave problemas financeiros, está impedido de registrar novos jogadores por causa de uma punição na Fifa e ainda acumula diversas dívidas com outros clubes. Cuca explicou como pretende fazer para que os problemas extracampo não interfiram no desempenho dos jogadores.

– Hoje é uma situação diferente daquela que cheguei. Hoje, eu chego sabendo dos problemas do Santos. Eu sei das coisas que podem e devem acontecer ao longo do ano. E estou preparado para isso. Eu faço parte dessa engrenagem. De repente, tenhamos que vender um ou outro jogador, mas que não podemos perder a força. Temos de criar alternativas, descobrir jogadores. Não só aqui no profissional, mas lá na base, também, ir ver jogos – disse Cuca.

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– Já conversei com o presidente, os vices, tivemos uma conversa muito boa. Esse é meu trabalho. Fazer essa gestão, é ser a pessoa de confiança dos jogadores, não só como treinador, mas como parceiro. Tenho um conhecimento muito grande da maioria dos jogadores. É jogar sempre aberto, limpo com todos eles, porque esse grupo é muito bom. Não pode contratar, mas temos de extrair o máximo e o melhor de cada jogador que aqui tem. Tem jogadores polivalentes, adoro jogador polivalente – emendou o treinador.

Cuca diz que quer conversar com Everson e Eduardo Sasha sobre os processos contra o clube e diz que quer que o “encham de problema”.

– O Sasha e o Everson tiveram imbróglios, problemas. Eu, como treinador, quero saber. Quero conversar com a diretoria. Já conversei com alguns. Quero poder falar com os jogadores, entender alguma coisa. Eu estou zerado. Quero que encham de problema enquanto estou zerado. Se eu puder resolver, quem sabe?

O novo técnico do Santos também reconheceu a necessidade de negociar jogadores para aliviar os cofres.

– Eu tenho muita confiança. Sei que o Santos precisa vender jogadores para pagar seus saldos. A gente torce para que outras formas de finanças possam vir ao clube sem ser venda. E a conversa que eu tive com o Peres em relação a isso foi muito boa, e já foi passado aos jogadores. Eu estou com uma expectativa muito boa.

Essa será a terceira passagem de Cuca como treinador no Santos, a segunda na gestão do presidente José Carlos Peres, com quem ele teve diversos atritos à época. Ele falou sobre a relação com o mandatário.

– Os meus problemas que tiveram eram mais em relação ao local do jogo. Eu achava que tinha jogos que podiam ser aqui. Eram problemas pequenos. Sempre tive o máximo respeito pelo presidente, figura máxima. Vai ser bom para mim, também. Preciso fazer um trabalho bom e estou muito determinado para isso. Cada ano que passa é de amadurecimento em todos os sentidos. A gente reflete muitas coisas, entende e sabe que o ser humano só vai sair dessa se for parceiro do próprio ser humano. Estamos todos envolvidos praticamente no mesmo processo, que é essa pandemia. Estou pela primeira vez dando essa entrevista sem ver, só ouvindo. O jogo sem torcida… – explicou o novo treinador do Santos.

O treinador assume time a dois dias da estreia no Campeonato Brasileiro e estreia contra o Bragantino, neste domingo, às 16h, na Vila Belmiro. O contrato é válido até março de 2021.

Veja mais respostas de Cuca:

Santos briga por título?

– Eu vim de carro para cá, não dirigindo, e vi uma pesquisa que teve em relação aos elencos. Onde cada elenco pode chegar de acordo com a avaliação de alguns especialistas. E o Santos está em 12º lugar. Então, para mim é desafio. Imagina chegar em primeiro? Eu vou trabalhar para isso. Isso é uma análise feita em cima de números. Essas coisas têm de servir como motivação. Não ficar bravo.

Situação do Santos

– Eu tenho muita confiança. Eu sei que o Santos precisa vender jogadores para pagar seus saldos. A gente torce para que outras formas de finanças possam vir ao clube sem ser venda. E a conversa que eu tive com o Peres em relação a isso foi muito boa, e já foi passado aos jogadores. Eu estou com uma expectativa muito boa.

Desafios no Santos

– Lógico que é meu primeiro dia aqui, já comecei trabalhando bastante, mas são todas situações que temos de fazer essa gestão. Sei que o momento do Santos é um momento complicado. Sabendo disso, aceitei esse desafio e tenho plena convicção de que vamos fazer um bom trabalho ao longo do ano, junto com todos. A minha ideia é fazer um grande campeonato, sabendo que temos esse problema de não contratar. Mas temos um time bom. O principal é poder tirar o máximo de cada jogador, passar o máximo de confiança possível. É pensar jogo a jogo, pouco a pouco, e resolvendo os problemas. Sabemos que existem atrasos e de repente essas coisas podem ser sanadas a qualquer momento. O Santos é muito grande e ao natural as coisas vão se resolver. Isso já foi conversado com eles hoje.

Garotos da base

– Já deu para ver que mudam. Outros meninos que estavam comigo estão mudando, vão pegando um atlético melhor. Faz parte do contexto. Kaio Jorge está evoluindo, o Ceará vai se firmar. Trabalhar com um grupo enxuto como imaginamos que vai ser, jogando até meados de dezembro, coisa inédita. Temos de estar bem preparados.

Diferenças de 2018 para agora

– Quando cheguei em 2018, estava ali beirando a zona de rebaixamento. Tinha um grupo forte e tinha de passar confiança. Lembro que tinha jogadores importantíssimos em baixa. Grande parte deles recuperou a confiança. Demos aquela arrancada e quase fomos à Libertadores. Agora, a realidade é outra. Vou pegar desde o princípio. Não pude treinar, mas vou começar do zero, todos com zero pontos. Vou pegar o máximo de coisas que o Jesualdo deixou, muitas coisas boas. A gente lamenta a saída dele, porque é um grande profissional, já aconteceu comigo e com certeza acontecerá com outros profissionais, também.

Santos em 2020

– O Santos não teve um mau começo. Essa pandemia atrapalhou todo mundo em todos os sentidos. Coisas mais importantes ainda foram atrapalhados. Estamos muito preocupados com o nosso país, mas o que vi do Santos é uma equipe leve, versátil. Pode não ser uma equipe numerosa em termos de opções, mas é um time bom. O que temos de fazer? Dar uma condição para aflorar todo o potencial deles.

Estilo dos treinadores

– Cada um tem sua maneira. O Sampaoli foi muito ousado, criou diversas maneiras de jogar. O Jesualdo tem outra característica, que é oriunda dele, também. Não foi um mau trabalho. Pelo contrário. O trabalho estava fluindo, temos de entender. Tenho meu trabalho, vou colocar em prática.

Serginho Chulapa na comissão técnica

– O Chulapa é um ídolo. Se a gente não cuidar desses caras aí… Pelo amor de Deus. Não só o Santos. É um pedido que eu faço para todos os clubes. Eu chego a arrepiar. A gente vai ficando velho e vai ficando mais sensível. Hoje apresentei o Chulapa para o grupo e todo mundo morreu de rir. Ele vai nos ajudar muito aqui. E, além disso, respeitar o ídolo que o Serginho foi.

Fonte: G1 – Foto: Ivan Storti/Santos FC

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