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O conto de fadas entre a Flórida e a Disney está chegando ao fim. O Parlamento estadual anulou nesta quinta-feira (21) o estatuto de autogoverno da empresa em seu parque de diversões em Orlando, no último episódio de uma guerra cultural que abala os Estados Unidos.
O texto legislativo, que carece apenas da assinatura de seu principal promotor, o governador Ron DeSantis, surge após uma disputa entre o líder republicano e a empresa por uma polêmica lei educacional votada na Flórida.
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“Se a Disney quer lutar, eles escolheram o cara errado”, escreveu DeSantis em um email recente de arrecadação de fundos.
Os problemas para a empresa começaram em março, quando a Flórida aprovou uma lei que proíbe o ensino de questões de orientação sexual e identidade de gênero no ensino fundamental.
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Essa lei, apelidada de “Don’t Say Gay” por seus detratores, faz parte de uma batalha cultural travada pelo Partido Republicano, poucos meses antes das eleições de meio de mandato que serão realizadas em novembro.
A Disney inicialmente se recusou a comentar sobre a lei educacional da Flórida, onde emprega cerca de 75.000 pessoas. Mas as críticas generalizadas por seu silêncio sobre o assunto levaram o diretor-executivo, Bob Chapek, a condenar a medida e suspender as doações políticas no estado.
Em retaliação, DeSantis anunciou na terça-feira que pediu aos congressistas estaduais que derrubassem o estatuto especial da Disney.
E dois dias depois, seus desejos foram atendidos no Parlamento, iniciando um período que levará ao desmantelamento do distrito especial em junho de 2023.
“A Disney é uma convidada na Flórida. Hoje lembramos disso”, tuitou Randy Fine, o republicano que introduziu a lei contra o governo autônomo da Disney no Parlamento estadual.
A Disney administra o Reedy Creek Improvement District como se fosse um governo local, arrecadando impostos e garantindo serviços públicos essenciais como coleta de lixo, tratamento de água, etc.
A decisão de anular o estatuto especial levantou dúvidas sobre o futuro da área onde esta localizado.
Segundo as leis estaduais, se o distrito especial for dissolvido, seus bens e dívidas serão transferidos para os governos locais que circundam o território.
“Pode passar US$ 2 bilhões da dívida da Disney para os contribuintes” de Orange e Osceola, a senadora democrata Linda Stewart tuitou na quarta-feira.
Fonte: Yahoo!