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Pesquisadores da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, na África do Sul, exibiram pela primeira vez o “Little Foot”, ou pé pequeno. Exames por datação de carbono indicam que o esqueleto tem 3,6 milhões de anos, e é considerado o mais completo fóssil de ancestral humano com mais de 1,5 milhões de anos. Os primeiros fragmentos foram encontrados em 1994, mas as escavações foram concluídas apenas em 2012.
— Esta é uma das mais importantes descobertas de fósseis na história das pesquisas sobre as origens humanas — declarou o professor Ron Clarke, que em 1994 encontrou os primeiros fragmentos do esqueleto e, desde então, trabalha na sua reconstrução.
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“Little Foot” foi encontrado nas cavernas Sterkfontein, a cerca de 40 quilômetros de Joanesburgo. Clarke identificou em 1994 pequenos fragmentos de ossos dos pés e das pernas incrustados em rochas removidas anos antes pela mineração. Três anos depois, ele retornou ao local e desceu para o subterrâneo das cavernas, em busca do resto do esqueleto. E o encontrou.
Os trabalhos de escavação foram concluídos apenas em 2012, quando os últimos elementos visíveis foram removidos da caverna. O esqueleto foi exibido somente agora, mais de 20 anos após a descoberta dos primeiros fragmentos, porque durante este período Clarke e sua equipe trabalharam na escavação, limpeza e reconstrução do fóssil.
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— Eu e meus assistentes trabalhamos duros na limpeza dos ossos nos blocos de rocha e na reconstrução do esqueleto completo até o dia de hoje — justificou o pesquisador. — Muitos dos ossos do esqueleto são frágeis, e estão profundamente incrustados em rochas parecidas com concreto conhecidas como brecha. O processo exigiu escavação extremamente cuidadosa no ambiente escuro da caverna Assim que as superfícies de cima dos ossos do esqueleto foram expostas, a brecha onde eles estão presos foram cuidadosamente cortados e removidos em blocos para limpeza no laboratório.
O esqueleto recebeu o apelido de “Little Foot” porque a descoberta inicial foi de quatro pequenos fragmentos de ossos dos pés. Com a reconstrução quase completa do fóssil, Clarke acredita que novos conhecimentos surgirão sobre a aparência, anatomia, comprimento dos membros e habilidades motoras de um de nossos ancestrais. Os resultados dos primeiros estudos serão publicados em breve numa série de artigos em revistas científicas.
Fonte: Yahoo!