23 abril, 2024

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Aprenda a lidar com o comportamento repetitivo de quem tem Alzheimer

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É praticamente inevitável. Toda família tem ou terá um familiar idoso com Alzheimer. A estimativa da Associação Brasileira de Alzheimer é que no Brasil existam cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico. A doença incurável que se agrava ao longo do tempo se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem) causada pela morte de células cerebrais.

Até hoje a ciência não tem clareza do porquê a doença de Alzheimer ocorre. Mas, quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. Outra coisa que se sabe é que é necessário aprender a lidar com as alterações de comportamento do paciente de Alzheimer, inclusive a repetição na linguagem, o contar várias vezes o mesmo fato ou perguntar “n” vezes a mesma coisa.

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É um sintoma bastante comum surgir com o evoluir da doença e requer paciência do cuidador e de todos da família que convivem com o paciente de Alzheimer, explica Gustavo Kohl, médico neurologista do São Francisco, que integra o Sistema Hapvida. “Não adianta dizer que a pessoa já contou aquilo ou que aquela pergunta já foi respondida. Tem é de ter paciência para ouvir a história ou responder a pergunta quantas vezes forem necessárias até o paciente entender. Não se deve tratar quem tem Alzheimer como se fosse uma criança, mas sempre ser delicado”, orienta.

Geralmente, quem cuida de paciente com Alzheimer é um familiar próximo, como filhos, irmãos ou companheiros. Mas nem todos estão preparados para lidar com as alterações de comportamento de quem tem a doença. “O paciente pode ter desde dificuldade para dormir bem à noite e períodos de pouca atividade durante o dia até, na fase mais avançada, agressividade física e verbal. Como o cuidador deve agir, vai depender do estágio. Mas, nunca repreender ou entrar em conflito. A primeira coisa é procurar ajuda médica. Medicamentos e psicoterapia ajudam a controlar a agressividade”, frisa o médico.

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No caso do paciente que fica agitado à noite e durante o dia é hipoativo, Gustavo Kohl, que é formado pela Unesp de Botucatu e é especialista pela Academia Brasileira de Neurologia, lembra que há medidas simples que ajudam. “Essas são alterações relacionadas à perda do ritmo do dia a dia. As estruturas cerebrais ficam desajustadas. Muitas vezes, o paciente de

Alzheimer, dependendo do estágio da doença, não sabe se é dia ou noite. Durante o dia, colocar o paciente por um período fora de casa exposto à luz solar ajuda a regular o ritmo circadiano. Também é necessário estimular a atividade cognitiva, que vai de conversar com o paciente e incentivá-lo a fazer uma palavra cruzada”, sugere.

O que a família não deve fazer, ressalta o médico, independentemente do grau da doença, é excluir o paciente de Alzheimer da convivência familiar, das conversas do cotidiano, até porque são atividades que estimulam o raciocínio. Outro aspecto importante: o cuidador de quem tem Alzheimer tem sobrecarga psicológica e também precisa de apoio, de psicoterapia e suporte para aguentar a carga emocional. Uma das alternativas é participar de grupos de cuidadores de pacientes com Alzheimer de forma presencial ou online pelas mídias sociais ou aplicativos, que hoje são bastante comuns.

Foto: freepik

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