27 abril, 2024
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Após alguns anos, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) volta a realizar transplantes hepáticos. Os procedimentos serão realizados por uma equipe de cirurgiões e anestesistas do HCFMB em conjunto com médicos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de São Paulo (HCFMUSP).
O chefe de gabinete da superintendência do HCFMB, André Balbi, é quem conduz a retomada desse procedimento. Entre a intenção de voltar a realizar os transplantes e a confirmação do interesse do HCFMUSP em atuar em um programa de cooperação neste processo, passaram-se três anos. “Neste tempo, houve uma fase de treinamento e preparação da equipe, para que os resultados dos transplantes fossem altamente satisfatórios”, diz.
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A ideia é que a equipe do HCFMUSP, liderada pelo médico Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, acompanhe os primeiros transplantes dando todo suporte necessário à equipe do HCFMB. “Quando as equipes de São Paulo e Botucatu concluírem que nós estamos preparados e seguros quanto ao procedimento, passaremos a realizar os transplantes sozinhos”, afirma Balbi.
Os médicos Leonardo Pelafsky e Fábio Yamashiro compõem a nova equipe de transplante hepático do HCFMB, juntamente com médico Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do Hospital das Clínicas da FMUSP, e médico Wellington Andraus, que atua na equipe de Transplante de Órgãos do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da USP.
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Enquanto o Hospital das Clínicas de Botucatu não realizava transplantes hepáticos, o serviço de avaliação pré-transplante continuou sendo feito. O Hospital avaliava o paciente antes do transplante e o encaminhava para a capital, ou para outro local de sua preferência. Hoje, já há pacientes listados na fila do transplante e novos casos são analisados semanalmente. O Hospital das Clínicas de Botucatu pretende realizar dois transplantes de fígado por mês.
A lista de espera do transplante hepático respeita um índice baseado na gravidade da doença, chamado MELD (Model for End-Stage Live Disease). Esse indicador, que corresponde a um valor numérico de seis a 40, demonstra quanto urgente o paciente necessita do transplante. Dessa forma, um paciente inscrito com um MELD muito alto pode receber um órgão em poucas horas, enquanto um MELD mais baixo pode aguardar meses.
O transplante de fígado é indicado quando as funções do órgão já estão extremamente prejudicadas em decorrência de doenças como hepatite B, hepatite C e cirrose hepática. Essas condições acabam não permitindo que o paciente tenha uma boa sobrevida a longo prazo. Infelizmente, nem todos os pacientes estão aptos ao transplante, como explica o coordenador do projeto de transplante de fígado no HCFMB, Leonardo Pelafsky: “É necessária toda uma avaliação multidisciplinar, que envolve um número grande de profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e até assistentes sociais, que decidirão em conjunto se aquele paciente tem ou não condições de ser submetido a todo o processo”, relata.
Fonte: JCnet
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