28 março, 2024

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Você sabe o que é mioma? Problema silencioso afeta muitas mulheres

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Com saúde não se brinca, já diria a sua avó. E ela tem toda razão. Comer bem e praticar exercícios físicos devem fazer parte do seu cotidiano, assim como visitar o ginecologista, pelo menos uma vez ao ano. Essa recomendação é válida mesmo quando você acha que está tudo bem, afinal algumas doenças são silenciosas e, se não acompanhadas e observadas pelo especialista, podem te trazer prejuízos lá na frente.

É o caso dos MIOMAS, que aparecem quando as células musculares do útero se proliferam e formam nódulos. “É um TUMOR BENIGNO na região uterina que, em geral, acometem as mulheres em idade reprodutiva, tendo a maior incidência aos 35 a 45 anos”, explica a ginecologista e obstetra HELOISA BRUDNIEWSKI.

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Se a palavra tumor te assustou, não entre em pânico: os MIOMAS não evoluem para o câncer. Apesar de serem MUITO FREQUENTES e de oferecerem poucos perigos reais para a saúde feminina, estas estruturas PRECISAM SER ACOMPANHADAS pelo médico de confiança. “O MIOMA não tem como desaparecer. A não ser que seja retirado cirurgicamente. A maioria deles não necessita de tratamento, apenas controle e observação. Normalmente, a mulher convive com os miomas, sem fazer nada”, aponta.

Foto: javi_indy/iStock

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RAZÕES DESCONHECIDAS

As causas para que um mioma apareça ainda não são totalmente conhecidas pelos pesquisadores. O que se sabe, até agora, é que a idade, o histórico familiar, a etnia e a obesidade são fatores que influenciam no surgimento deles. “Há uma CARGA GENÉTICA ENVOLVIDA. As mulheres com mães e irmãs que já apresentaram têm um risco maior. A obesidade aumenta as chances devido às ALTERAÇÕES HORMONAIS. Já na raça negra, o surgimento é de três a nove vezes mais comum”, conta a ginecologista e obstetra FERNANDA PEPICELLI.

Além disso, Fernanda fala que os hormônios PROGESTERONA e o ESTROGÊNIO influenciam também no desenvolvimento dos miomas. “Com a chegada da MENOPAUSA e a queda na produção hormonal, o volume pode até diminuir”, comenta.

De acordo com a profissional, aproximadamente 75% DAS MULHERES TÊM MIOMAS e, a maioria delas não apresenta sintomas. Quando o organismo dá algum tipo de sinal, eles vêm em forma de cólicas, sangramentos vaginais e alterações no ciclo menstrual, que fica mais longo e com fluxo mais intenso.

“Os sintomas VARIAM DE ACORDO COM O TAMANHO E LOCALIZAÇÃO DOS MIOMAS. Outros indícios que podem aparecer são o aumento do volume abdominal, alterações na frequência urinária ou dificuldade de esvaziar a bexiga, dor na relação sexual e até infertilidade quando são muito numerosos”, esclarece a ginecologista Heloísa.

OS TIPOS DE MIOMAS

Segundo as especialistas, estas estruturas podem ser classificadas da seguinte forma:

– SUBMUCOSOS: são quando aparecem no interior do útero. Aqui, podem acarretar em sangramentos abundantes e em anemia;

– INTRAMURAL: os miomas são denominados desta maneira quando se desenvolvem no meio da parede uterina, provocando cólicas. “Ele pode levar a um aumento do útero como um todo”, fala a doutora Heloísa.

– SUBSEROSOS: quando surgem na parte externa do útero. O principal sintoma deste tipo é a compressão de outros órgãos, como a bexiga e o intestino. “Normalmente, são os que menos causam sintomas de sangramento ou dor”, afirma.

– PEDICULADOS: às vezes, eles podem ser confundidos com tumores ovarianos, porque estão ligados ao útero apenas por um tecido chamado pedículo.

Foto: m-imagephotography/iStock

DESCOBERTA E TRATAMENTO

Seu médico vai desconfiar da existência de nódulos caso você apresente algum sintoma, pelo seu histórico clínico ou pelo exame de toque vaginal e palpação abdominal. “Com eles, é possível tocar os miomas ou sentir aumento do útero como um todo”, diz a profissional.

O exame mais simples e frequente que detecta os miomas é a ULTRASSONOGRAFIA PÉLVICA E TRANSVAGINAL. “Esse exame permite localizar e medir os nódulos. A ressonância magnética também é uma excelente opção, mas por ser mais caro e detalhado fica reservado para casos específicos e não como diagnóstico”, explica.

Segundo a ginecologista Fernanda, NÃO EXISTEM MEDICAMENTOS QUE FAÇAM OS MIOMAS DESAPARECER. “O tratamento é sempre focado em melhorar os sintomas da paciente, muitas vezes através do uso de anticoncepcionais e anti-inflamatórios”, comenta. Caso estas opções não sejam satisfatórias, são indicadas as cirurgias para retirada de tumores ou mesmo, em casos mais graves, do útero.

“A escolha de como e quando realizar este procedimento vai depender do caso e leva em consideração o desejo da paciente de ficar grávida, do tamanho, número e localização dos miomas”, fala a doutora Fernanda.

Fonte: Daquidali

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