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A interiorização de venezuelanos de Roraima a outros estados do país deve ocorrer em abril, segundo informou nesta sexta-feira (9) a Casa Civil da presidência da república.
O processo será após a conclusão da fase de vacinação contra sarampo e febre amarela dos imigrantes que vivem em Roraima. Uma vacina só pode ser tomada após a outra e há casos em que eles ainda não havia sido vacinados.
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Ainda não foi informado quantos serão levados e para quais cidades eles irão. Em fevereiro a prefeitura a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) havia feito uma lista com 571 nomes de venezuelanos interessados em deixar o estado e ir a outras regiões do país.
A interiorização, prevista inicialmente para ocorrer em março, faz parte de uma força-tarefa criada por Michel Temer (MDB) para cuidar do fluxo migratório.
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Em fevereiro o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que os dois primeiros destinos dos imigrantes venezuelanos que estão concentrados em Roraima devem ser o estados de São Paulo e Amazonas.
Roraima lida desde 2015 com a chegada desenfreada de venezuelanos, cujo êxodo é motivado pela crise política, econômica e social do país.
Só nos primeiros 45 dias deste ano, mais de 18 mil venezuelanos solicitaram permissão para entrar no país, mas o número é impreciso, já que um mesmo imigrante pode atravessar a divisa várias vezes, além de dos que se arriscam e entram irregularmente.
A prefeitura estima que há 40 mil venezuelanos vivendo hoje na cidade, o que representa mais de 10% dos 330 mil habitantes da capital.
Para fugir na fome no país governado por Nicolás Maduro, os imigrantes enfrentam 215 Km a pé a de carona de Pacaraima, cidade na fronteira, a Boa Vista. Na capital, eles vivem em abrigos, praças públicas e em casas ‘fantasmas’ sem móveis e com até 30 pessoas.
A imigração desordenada impacta setores como saúde e educação. Diante disso, governo e prefeitura cobram do governo federal ações mais concretas, especialmente a de interiorização, tendo em vista que no estado prevalece o funcionalismo público e não há indústrias que possam ofertar empregos para a demanda que é crescente.

Fonte: G1