16 de setembro, 2024

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Venezuela fecha fronteira com Brasil às vésperas da eleição entre Nicolás Maduro e Edmundo González

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A Venezuela fechou a fronteira com o Brasil nesta sexta-feira (26), vésperas das eleições presidenciais que tem na disputa Nicolás Maduro e Edmundo González. A eleição ocorre neste domingo (28).

O fechamento da fronteira foi confirmado pela Polícia Rodoviária Federal e pelo prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (Republicanos), cidade brasileira na fronteira.

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Segundo a PRF, está autorizada apenas a passagem de pedestres. “Ficamos cientes agora desta informação, estamos fazendo o planejamento para possível deslocamento de equipes”, informou.

Na linha de fronteira entre os dois países, militares da guarda venezuelana colocaram cones que restringem a passagem de veículos e se posicionaram no limite com o Brasil.

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Semelhante ao que ocorreu na última eleição, em 2018, a medida de restringir o acesso é uma medida de segurança, conforme previsto em decreto conjunto dos ministérios da Defesa e das Relações Internas, Justiça e Paz do governo venezuelano. A fronteira deve seguir fechada até 8h se segunda-feira (29).

“A fim de salvaguardar a inviolabilidade das fronteiras e prevenir atividades de pessoas que possam representar ameaças à segurança da República Bolivariana da Venezuela por ocasião das Eleições Presidenciais de 28 de julho de 2024”, cita trecho do decreto conjunto.

Marcada pela polarização e pela tensão, a campanha na Venezuela chegou ao fim nessa quinta-feira (26). Maduro chegou a dizer que uma vitória da oposição, liderada por María Corina Machado com a candidatura de Edmundo González, poderia desencadear um “banho de sangue” no país.

Com o aumento da tensão política, o Brasil reforçou os postos de atendimento na fronteira com o país, nos estados de Roraima e do Amazonas. Serviços de inteligência, como o da Polícia Federal, vêm informando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a evolução dos acontecimentos no país vizinho.

Aos 61 anos, Nicolás Maduro disputa o terceiro mandato seguido. Ele foi eleito pela primeira vez em abril de 2013, um mês depois da morte de Hugo Chávez, de quem era vice. O opositor Edmundo González, de 74 anos, se tornou candidato de última hora e diz acreditar na vitória.

Uma equipe da Polícia Militar que atua no programa “Polícia na Rua” também acompanha o movimento pelo lado brasileiro. Até às 11h30 (12h pelo horário de Brasília), a situação era considerada tranquila.

g1 procurou a Polícia Federal, Ministério da Justiça e o Itamaraty para saber se acompanham a fronteira no lado brasileiro, mas nenhuma resposta foi enviada até a última atualização.

A cidade de brasileira de Pacaraima, distante 215 quilômetros de Boa Vista, capital de Roraima, é a porta de entrada para migrantes e refugiados venezuelanos que há quase 10 anos fogem da instabilidade social e política, da escassez de alimentos e buscam no Brasil emprego, educação e saúde.

Migração venezuelana para o Brasil

Desde 2015, quando a inflação na Venezuela escalonou e se tornou a pior do mundo e o país passou a enfrentar problemas socioeconômicos sob o comando de Maduro, milhares de migrantes começaram a fugir do país. Um dos destinos mais procurados foi o Brasil – em quase 10 anos de migração, se tornou o terceiro país com a maior população de venezuelanos na América Latina.

No Brasil, a porta de entrada de migrantes é Roraima, especialmente na fronteira com Pacaraima. Brasil se tornou o terceiro país com a maior população de venezuelanos na América Latina.

Para se ter ideia, Roraima recebeu o maior número de pedidos de refúgio no ano passado: 71.198 Desses, 67.914 (95%) foram de migrantes venezuelanos.

Desde janeiro de 2017, quando o governo federal passou o monitorar o fluxo migratório, 1.092.467 migrantes venezuelanos entraram no Brasil. O levantamento é da operação Acolhida, força-tarefa criada pelo governo federal para atender venezuelanos que entram no Brasil.

Atualmente, o fluxo diário de entrada pela fronteira é de cerca de 400 pessoas. São ao menos 12 mil migrantes por mês. A estimativa é de que 10 a 12% saiam do país, alguns por conta própria, outros pelo programa de interiorização do governo. O restante fica no Brasil, não necessariamente em Roraima.

Nos último dias, no entanto, a operação Acolhida, registrou um aumento no número de venezuelanos que chegam ao Brasil, informou o blog do Valdo Cruz.

Fonte: G1

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