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O Vaticano afirmou que “vergonha e tristeza” são as únicas duas palavras que podem expressar os sentimentos provocados pelos crimes de abusos sexuais cometidos por padres na Pensilvânia, nos EUA.
Um comunicado, divulgado nesta quinta-feira (16), foi a primeira manifestação da Santa Sé sobre o assunto, revelado em um relatório do grande júri formado para analisar denúncias sobre abuso sexual na Igreja Católica no estado.
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Mais de 300 líderes religiosos são acusados de cometer crimes sexuais ou de realizar esforços para encobrir esses atos por mais de 70 anos.
No comunicado desta quinta, o Vaticano diz ainda que “as vítimas devem saber que o Papa está ao lado delas. Aqueles que sofreram são sua prioridade, e a Igreja quer ouvi-los para erradicar este trágico horror que destrói as vidas dos inocentes”.
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“Os abusos descritos no relatório são criminosos e moralmente repreensíveis. Esses atos foram traições de confiança que roubaram dos sobreviventes sua dignidade e sua fé. A Igreja deve aprender duras lições de seu passado, e deve haver responsabilidade tanto para os abusadores quanto para aqueles que permitiram que os abusos ocorressem”, diz outro trecho do documento.
Mais de mil vítimas
O Procurador Geral do Estado, Josh Shapiro, disse que mais de mil crianças vítimas foram identificadas no relatório, mas o júri acredita que há mais.
A investigação é a mais abrangente sobre abuso sexual da Igreja Católica nos Estados Unidos. A investigação de 18 meses cobriu as oito dioceses do estado – Harrisburg, Pittsburgh, Allentown, Scranton, Erie e Greensburg – e segue outros relatórios do júri do estado que revelaram abusos e em duas outras dioceses.
Como informa a rede CNN, o longo relatório investiga abusos sexuais de clérigos em seis dioceses desde 1947. As outras duas dioceses da Pensilvânia, Filadélfia e Altoona-Johnstown, foram objeto de relatórios anteriores do júri, que encontraram informações igualmente negativas sobre o clero e os bispo.
Fonte: G1