07 de setembro, 2024

Últimas:

Variedades de orquídeas são criadas em estudo da UFSCar para fortalecer o mercado nacional

Anúncios

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em Araras (SP), estão desenvolvendo novas variedades de orquídeas com o objetivo de diminuir a importação e fortalecer o mercado nacional.

Com cruzamentos genéticos, o estudo seleciona plantas com características mais procuradas pelos consumidores como resistência, formato e durabilidade. As novas flores podem reduzir em até 25% os custos de manutenção, já que são mais adaptadas ao clima do Brasil.

Anúncios

Variedades de orquídeas são desenvolvidas pela UFSCar em Araras (Foto: Vitor Diagonel/EPTV)

Melhoramento genético

O mundo tem mais de 50 mil variedades de orquídea. Pelo menos 30 mil delas são resultado de mudanças a partir do cruzamento de espécies diferentes.

A maioria dessas experiências ainda são feitas fora do Brasil devido à cultura e tecnologia avançadas em relação ao cultivo da flor. Com alto custo de importação das mudas, no final a flor fica mais cara para o consumidor.

Anúncios

Cruzamento genético é feito para desenvolver orquídeas nacionais na UFSCar em Araras (Foto: Vitor Diagonel/EPTV)

Os pesquisadores da UFSCar querem mudar essa realidade. Desde 2017, professores e alunos dos cursos de engenharia agronômica e biotecnologia trabalham no melhoramento genético e aceleração da produção de orquídeas.

As sementes de diferentes lugares do Brasil são combinadas para formação de novas variedades da planta. O processo é o seguinte:

  • Mais de 150 variedades já estão em análise em uma sala de crescimento.
  • O desenvolvimento da orquídea é acelerado e o que aconteceria ao longo de 12 anos na natureza é feito em 12 meses.
  • As sementes são colocadas em recipientes.
  • A partir da germinação, elas são observadas e recebem nutrientes para que esse desenvolvimento aconteça mais rápido.
  • Quando a muda está desenvolvida ela vai para a estufa, onde passa por uma adaptação de ambiente para que fiquem prontas para a comercialização.

“Nós temos realizado vários cruzamentos entre espécies nacionais e híbridos comerciais para tentar obter novas variedades de orquídeas no Brasil. O objetivo é fazer com que a tecnologia que é desenvolvida no exterior, em países como a Holanda, ela também seja feita no Brasil”, disse o professor da UFSCar Jean Carlos Cardoso.

Os pesquisadores estão na fase de licenciamento com os produtores para oferecer as mudas nacionais. A expectativa é quem em cinco anos as mudas ajudem a abastecer o comércio dos principais polos de comércio da flor.

O professor da UFSCar Jean Carlos Cardoso (Foto: Vitor Diagonel/EPTV)

“O nosso interesse seria atingir os 100% [de orquídeas nacionais] para que nada viesse de fora, para que a gente tivesse uma autonomia genética do material de flores produzidas no Brasil. Mas a gente sabe que existe uma competição muito forte e a gente espera atingir de 10% a 15% desse mercado em menos de 5 anos. Para isso falta mais melhoramento, trazer mais variedades, trazer mais qualidade de variedades para o produtor e provar que elas são tão boas quanto as que vêm de fora”, disse o professor.

Fonte: G1

Talvez te interesse

Últimas

Anúncios Operação desencadeada nesta sexta-feira (6) por policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu, e coordenada pela...

Categorias