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Está pensando em beijar muito no CARNAVAL? Esse contato é uma delícia, mas existem algumas doenças transmitidas pelo beijo. Agora, não se desespere, com alguns cuidados, você pode curtir esta época de maneira saudável e não sofrer as consequências depois da folia.
Elas se dividem em dois grupos principais: virais e bacterianas. Conheça quatro exemplos muito comuns:
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VIRAIS
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DOENÇA DO BEIJO (Mononucleose Bacteriana)
Ela é popularmente conhecida como “doença do beijo”. “Causada pelo vírus EBV, afeta mais as pessoas jovens, adolescentes, causando um aumento principalmente dos gânglios no pescoço (as “ínguas”), do baço e febre alta. Leva de uma a duas semanas depois do contato para se manifestar”, explica o DR. MARCOS BORGES, INFECTOLOGISTA do HOSPITAL DAS CLÍNICAS da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais.
COMO TRATAR?
Geralmente se resolve sozinha após algumas semanas e “o tratamento é a base de sintomáticos (analgésico e anti-térmico) e muita hidratação com água, chás e sucos. Em média leva duas semanas para curar, mas há casos mais graves que requerem mais tempo”, orienta o médico.
HERPES LABIAL (Simples)
Também é conhecidíssima, e existem dois tipos principais de vírus da herpes simples: “o HSV 1 (mais comum na região oral) e o HSV 2 (mais comum na região genital). Eles costumam dar aquelas bolhazinhas dolorosas, que depois se transformam em feridinhas até secarem sozinhas. PODEM SER TRANSMITIDAS ATÉ POR QUEM APARENTEMENTE NÃO TEM NENHUMA LESÃO ATIVA, mas o vírus está lá, escondido. Ficar sem dormir, excesso de sol, comer pouco, beber em excesso e qualquer outro fator que diminua a imunidade pode facilitar o aparecimento de novas lesões. Ela aparece em torno de uma semana após o contato”, afirma o profissional.
COMO TRATAR?
Antes de aparecer a lesão (bolhas), você já sente uma ardência, e, de acordo com o infectologista, “se você já está com as feridinhas, evite pegar sol, alimente-se bem e hidrate-se, use os medicamentos sintomáticos em caso de dor e aguarde a doença ir embora”.
BACTERIANAS
AMIGDALITE (Faringite estreptocócica)
Um simples beijo pode trazer à tona a famosa amigdalite, “que é causada por um grupo de bactérias chamado Streptococos que gera aquela dor forte na garganta, e por consequência, placas com pus, dificuldade para engolir e febre alta. Depois do contato, leva aproximadamente cinco dias para ela se manifestar: começa a doer, e depois de mais cinco dias, ao invés de melhorar, piora”, ressalta Dr. Marcos.
COMO TRATAR?
O tratamento muitas vezes envolve o uso de antibióticos “por em média cinco dias, portanto o álcool também deve ser evitado”, alerta Borges.
SÍFILIS
Em tempos de epidemia de sífilis assim como outras IST´s (infecções sexualmente transmissíveis), é importante lembrar que, “como muita gente não usa preservativo durante o sexo oral, essa doença também passou a ser transmitida pelo beijo. Geralmente são feridas únicas não dolorosas na língua ou na mucosa das bochechas. O diagnóstico é feito com exame de sangue, E É IMPORTANTE RESSALTAR QUE QUEM TEM SÍFILIS TAMBÉM DEVE FAZER TESTE PARA HIV. O período de incubação, que vai do contágio ao aparecimento dos primeiros sintomas, uma fase em que você não sente nada mas o corpo já está infectado”, esclarece o médico.
COMO TRATAR?
O tratamento é feito com injeção de penicilina. “A posologia varia de acordo com o tempo de duração da doença, mas é entre duas e seis doses”.
CALMA, BEIJAR NÃO ESTÁ PROIBIDO! APENAS SIGA ESSAS DICAS DO MÉDICO:
– O clima é de festa e empolgação, mas tenha bom senso. Evite sair beijando desconhecidos, tente conhecer o parceiro ou parceira melhor;
– Mantenha seu sistema imunológico forte e bem preparado. Como? Dormindo bem, hidratando-se e alimentando-se adequadamente;
– Vá para a folia com as vacinas em dia, pois assim você ainda se previne de doenças como as hepatites A e B;
– Use camisinha hoje, amanhã e sempre!
Se sentir algo estranho parecido com o que foi falado, “basta procurar um bom infectologista que tudo ficará bem, já que há tratamento e solução. Pegue sua fantasia, seus preservativos, junte seus amigos e aproveite bastante este e muitos outros carnavais”, recomenda o doutor.
Fonte: Daquidali