30 de maio, 2025

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Túmulo de casal de bem-te-vis já foi visitado por 100 mil em cemitério no interior de SP

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Jazigo é decorado com flores e até foto dos bem-te-vis (Foto: Colaboração/Denilson Felizardo)

Em Urupês (SP), um pequeno túmulo chama mais a atenção do que os outros no Cemitério Municipal São Lourenço. Dentro de uma pequena lápide está um casal de bem-te-vi, na principal alameda do cemitério. O sepultamento inusitado aconteceu há três anos e durante os velórios o local vira ponto de visitação.

O restaurador de túmulos Dercides Benedito Pedroso, de 60 anos, é o responsável pelo enterro dos bem-te-vis e criador do jazigo, que sempre está decorado com flores. Ele conta que tudo começou no dia 15 de julho de 2012, quando viu os dois passarinhos morrerem juntos.

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Segundo Dercides, os bem-te-vis estavam em um corredor do cemitério, perto da capela do local, onde ele estava trabalhando. “Percebi que eles brigavam ou faziam algum ritual de acasalamento, não sei. De repente, eles deram um voo rasante e bateram na vidraça da capela. Com o impacto da batida, os dois quebraram o pescocinho. Peguei os dois e na hora não sabia ao certo o que fazer com eles. Fiquei com dó de jogá-los no lixo. Então, resolvi fazer um túmulo para o casal. Peguei jornal, os coloquei em uma caixinha, pintei e escrevi: ‘Aqui jaz um casal de bem-te-vi, Tico e Teca.’ Olha, mas eu não esperava tanta repercussão, não. Acho que mais de 100 mil pessoas já passaram por aqui e visitaram o túmulo deles”, diz.

O restaurador não só construiu o túmulo, como sepultou e até hoje reza por eles. Por trabalhar com restauração e polimento de túmulos há 38 anos no cemitério de Urupês, Dercides conhece o dono de uma marmoraria e pediu a doação de um pedaço de mármore para deixar o túmulo dos passarinhos no mesmo padrão dos outros.

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Com dedicação, Dercides cuida do túmulo com o mesmo amor que diz cuidar dos animais que tem em casa: cinco cachorros e 18 gatos. “Sou apaixonado por bichos, até de uma cobra cega, que apareceu no cemitério, cuidei e soltei na mata”, conta.

Sobre o nome dos passarinhos, Tico e Teca, Dercides disse que não queria colocar um nome igual ao das pessoas ali sepultadas. “Lembrei que tinha um desenho Tico e Teco e escolhi colocar o mesmo nome deles, mas o Teco virou Teca para a fêmea.” Para deixar o jazigo ainda mais personalizado, Dercides colocou uma foto ilustrativa de dois bem-te-vis.

Dercides Pedroso criou o túmulo para os pássaros (Foto: Colaboração/ Denilson Felizardo)
Dercides Pedroso criou o túmulo para os pássaros (Foto: Colaboração/ Denilson Felizardo)

Fonte: G1

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