01 maio, 2024

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Trump diz que haverá ‘preço alto’ por suposto ataque químico que deixou dezenas de mortos na Síria

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O presidente dos EUA, Donald Trump, condenou, neste domingo (8), o ataque químico que teria ocorrido na Síria e deixado dezenas de mortos, segundo ONGs. O regime de Bashar al-Assad é acusado de lançar um barril-bomba com substâncias químicas venenosas contra civis na cidade de Douma – mas nega o ocorrido.

No Twitter, Trump afirmou que haverá “um preço alto a ser pago”. “Muitos mortos, incluindo mulheres e crianças, em um ataque químico absurdo na Síria. A área da atrocidade está cercada pelas forças sírias, deixando-a inacessível para o resto do mundo”, escreveu.

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“Presidente Putin, Rússia e Irã são responsáveis pela volta do ‘animal’ Assad. Preço alto a ser pago. Abram a área imediatamente para atendimento médico e investigação. Outro desastre humanitário sem qualquer razão”, completou Trump.

França pede reunião do Conselho de Segurança

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A Organização das Nações Unidas (ONU) também afirmou preocupação com os civis sírios na região. O secretário-geral da entidade, António Guterres, se mostrou “particularmente alarmado” pelo suposto ataque químico.

Ele pediu para que “todas as partes cessem os combates e restaurem a calma que havia”, já que “não há solução militar ao conflito”.

A União Europeia (UE), por sua vez, declarou que há “indícios” de que o governo sírio tenha lançado a ofensiva, proibida pelas convenções internacionais, e pediu à Rússia e ao Irã que evitem outro ataque.

Em uma iniciativa liderada pela França, 9 membros do Conselho de Segurança da Onu, de um total de 15, solicitaram uma reunião de urgência para segunda-feira.

A iniciativa da reunião foi firmada por Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Kuwait, Peru, Polônia, Suécia e Costa do Marfim.

Depois, a Rússia também falou sobre “ameaças internacionais à paz e à segurança”, sem especificar um tema, e requisitou a reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Fumaça é vista após ataques aéreos do governo sírio na cidade de Douma, no leste de Ghouta, na Síria (Fotos: Syrian Civil Defense)

Retirada de apoio

Mais cedo, os Estados Unidos pediram à Rússia que encerre “imediatamente” seu apoio “incondicional” ao governo sírio, após o suposto ataque ao último reduto rebelde nos arredores de Damasco, na região conhecida como Ghouta Oriental.

Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, afirmou em comunicado que a Rússia “descumpriu os seus compromissos com as Nações Unidas e traiu a Convenção sobre Armas Químicas ao proteger incondicionalmente Assad”.

“A proteção do regime de Assad por parte da Rússia e a sua incapacidade para deter o uso de armas químicas na Síria questionam o seu compromisso de resolver a crise global e as maiores prioridades de não proliferação”, afirmou a porta-voz.

O Departamento de Estado dos EUA também disse que relatos de vítimas em massa de um suposto ataque de armas químicas em Douma foram “horripilantes” e que, se confirmados, “exigem uma resposta imediata da comunidade internacional”.

Dezenas de mortos

No sábado (7), o grupo rebelde sírio Jaish al-Islam acusou as forças do governo da Síria de lançar um barril-bomba com substâncias químicas venenosas contra civis no leste de Ghouta, ferindo mais de 500 pessoas.

Comunicado conjunto divulgado pela Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS, na sigla em inglês) e a Defesa Civil síria (ONG mais conhecida como Capacetes Brancos) cita 49 mortos.

Os Capacetes Brancos, socorristas ligados à oposição, relataram que famílias inteiras foram encontradas sufocadas em suas casas e abrigos.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), ONG que monitora da guerra civil do país, disse que ao menos 80 pessoas foram mortas em Douma no sábado (7), incluindo cerca de 40 que morreram de sufocamento.

O OSDH disse que não podia confirmar se armas químicas foram usadas no ataque. As agências de notícias também não conseguiram confirmar os relatos de forma independente.

Regime sírio, Rússia e Irã negam

A mídia estatal síria negou o lançamento de ataques químicos assim que as notícias começaram a circular. “Os terroristas do Jaish al-Islam estão em colapso e seus meios de comunicação estão fabricando ataques químicos em uma tentativa fracassada de obstruir os avanços do Exército Árabe Sírio”, segundo a agência de notícias estatal Sana.

Neste domingo, a televisão estatal síria informou que o governo do ditador Bashar Al-Assad “está pronto para iniciar negociações” com os rebeldes.

O governo russo também desmentiu o uso de armas químicas na ofensiva. “Nós negamos categoricamente essa informação”, afirmou o general Yuri Yevtushenko, chefe do centro russo de reconciliação na Síria.

No Irã, o ministro de relações exteriores afirmou que o ataque não é baseado em fatos reais e que serve como “uma desculpa para organizar ofensivas militares contra a Síria”.

Crianças são atendidas após suposto ataque químico na Síria (Foto: Syrian Civil Defense)

Papa condena ataque

O papa Francisco condenou, neste domingo (8), o uso de “instrumentos de extermínio contra a população” na guerra da Síria.

“Nada pode justificar isso”, afirmou o papa na praça de São Pedro do Vaticano, momentos após celebrar uma missa do segundo domingo de Páscoa. “Chegam da Síria notícias terríveis, com dezenas de vítimas, muitas delas mulheres e crianças. Rezamos por todos os mortos, pelas famílias e pelos afetados”, disse.

“Rezamos para que os responsáveis políticos e militarem escolham outro caminho, o da negociação, o único que pode levar à paz e não à morte e à destruição”, afirmou o papa Francisco.

Gás que afeta o sistema nervoso

Segundo a BBC, o ataque ocorreu por meio de uma suposta bomba-barril disparada por um helicóptero e contendo gás sarin, um agente tóxico que afeta o sistema nervoso.

Uma porta-voz da Union of Medical Relief Organizations, ONG americana que atua em hospitais sírios, afirmou que há relatos de pessoas com convulsões e boca espumando, sintomas consistentes com a exposição a gás nervoso ou cloro.

Fonte: Yahoo!

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