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Grande parte da Europa sofria nesta terça-feira (23) as consequências de uma intensa onda de calor, a segunda em menos de um mês, enquanto a França se preparava para bater novos recordes de temperatura, e Portugal continua lutando contra um incêndio florestal.
Este novo episódio canicular – excepcionalmente intenso, mas mais curto do que o de junho – alcançará seu ápice na quinta-feira, antes de uma queda paulatina a partir de sexta.
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Na França, quase todas as regiões do país estavam, nesta terça, sob alerta laranja pelas altas temperaturas e pelo risco de tempestades.
Embora seja pouco provável que se supere o recorde histórico nacional de calor (46°C no final de junho) durante esta nova onda de calor, prevê-se que alguns recordes locais caiam por terra.
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Em Bordeaux (sudoeste), por exemplo, hoje, o termômetro pode chegar a 42°C, contra os 40,3°C registrados na mesma época em 2003.
Paris, onde crianças e adultos percorrem as várias fontes da cidade para se refrescar, pode registrar na quinta-feira um recorde histórico de calor na capital, com 41°C. O último remonta a 1947, quando os termômetros marcaram 40,4°C.
Calor atinge Tour de France
Esta nova onda de calor pode agravar a seca na França, que está atingindo severamente o setor agrícola. A produção vinícola é uma das mais afetadas, com uma queda prevista de 6% a 13% em relação a 2018, segundo estimativas oficiais.
Para ajudar os agricultores, o governo vai pedir o pagamento antecipado de 1 bilhão de euros de ajudas europeias.
Com 40ºC nas estradas, o calor também afetará o pelotão do Tour de France nesta terça, após mais de duas semanas de esforço máximo.
Embora os ciclistas profissionais “tenham uma fisiologia e um treinamento fora de série”, como afirma Jacky Maillot, médico do Groupama-FDJ, o calor “continua sendo um fator perturbador para o rendimento”.
Os corredores terão à sua disposição bolsas de gelo para os que quiserem diminuir a temperatura corporal, que pode chegar a 39ºC.
Incêndios em Portugal
As agências meteorológicas também preveem recordes de calor na Bélgica, em Luxemburgo e na Holanda, com temperaturas de cerca de 40°C.
Na Espanha, uma massa de ar quente chegará hoje ao País Basco, onde se preveem temperaturas de até 41ºC na província de Vizcaya. A localidade foi posta em alerta vermelho, segundo a Agência Estatal de Meteorologia (AEMET).
Portugal pediu ajuda de aviões lançadores de água espanhóis para lutar contra os incêndios florestais. As aeronaves retomaram as atividades na segunda à noite, por causa dos ventos e do calor, em uma região do centro do país onde o fogo matou mais de 100 pessoas há dois anos.
O incêndio foi “quase controlado por completo na manhã, mas as condições atmosféricas não facilitaram uma consolidação da situação”, disse o primeiro-ministro António Costa à imprensa.
Mais de 1.200 bombeiros continuavam mobilizados para apagar as chamas que deixaram 39 feridos.
Cuidado com os animais
Na Alemanha, onde o verão está sendo particularmente quente, o termômetro chegará aos 41°C nos próximos dias, na região de Colônia e na região de La Sarre, fronteiriça com a França. Também pode bater seu recorde absoluto de 40,3°C de 2015.
No Reino Unido, as autoridades sanitárias aconselharam a população a ficar longe do sol nos horários mais quentes do dia, entre 11h e 15h, recomendando ainda que se ande à sombra, ou que se use um chapéu, e que se evite o consumo excessivo de álcool.
The Dogs Trust, uma organização dedicada ao cuidados com os animais, advertiu os donos a não deixaram seus bichos de estimação sozinhos nos veículos – nem mesmo por alguns minutos.
A organização também recomendou não passear com os cães nos momentos mais quentes do dia e evitar o asfalto sempre que possível.
As ondas de calor serão cada vez mais intensas e frequentes, devido ao aquecimento global, advertem os cientistas.
Há uma semana, o termômetro chegou a 21°C em Alert, o lugar habitado mais ao norte do planeta, a menos de 900 quilômetros do Polo Norte, um recorde para essa localidade.
Fonte: Yahoo!