18 de novembro, 2024

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Taxa de retransmissão da Covid volta a crescer em Bauru, Botucatu e região

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Depois de ter baixado para níveis mais seguros no início do mês, a taxa de retransmissão do novo coronavírus na região de Bauru voltou a subir, alcançando o preocupante patamar de 1,43 na última sexta-feira (4). A taxa, conhecida no meio científico pelo símbolo Rt, representa a média de indivíduos que cada morador contaminado pode infectar.

Assim, neste momento, cada 100 pessoas com Covid-19 têm potencial para transmitir a doença a outras 143. Vale destacar que o Rt em 1 é considerado o limiar para definir quando a pandemia está fora de controle, já que, acima deste índice, a tendência é de aceleração da velocidade de contágio, com o número de infectados voltando a aumentar em progressão geométrica.

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Para se ter ideia, há menos de um mês, em 7 de novembro, a taxa na região – que abrange os municípios de Bauru, Botucatu, Lençóis Paulista e Jaú – estava em 0,49, segundo tabulação da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, desenvolvida por pesquisadores da Unesp e USP. “Assim como na Grande São Paulo e na Baixada Santista, boa parte do Interior teve um aumento bastante significativo do índice”, comenta o professor Wallace Casaca, matemático que coordena a plataforma.

Ele aponta que o índice registrou um aumento bastante intenso neste mês a partir do dia 15, ultrapassando o limiar de 1 no dia 20, até alcançar o patamar de 1,46 no dia 27. Depois disso, manteve-se em condição de estabilidade, prevista para permanecer ao menos até o dia 7 de dezembro.

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“De qualquer forma, a taxa neste valor é preocupante”, acrescenta. Das 22 regiões do Estado, contudo, Bauru figura como a 15.ª região com maior Rt. As mais críticas ainda estão localizadas na Grande São Paulo.

ACELERAÇÃO

Casaca explica que o resultado da taxa de retransmissão tem relação direta com o aumento de novos casos diários de Covid-19 e, por consequência, com o acúmulo de casos ativos – que corresponde ao número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus que ainda não são consideradas curadas.

São indivíduos, portanto, que ainda têm potencial para transmitir o vírus para outros. Em 7 de novembro, eram 3.021 casos ativos na região de Bauru, número que caiu para 2.066 casos em 18 de novembro e que voltou a subir para 3.037 em 3 de dezembro.

“E esta aceleração não é uma exclusividade do Estado de São Paulo. Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Nordeste já enfrentam uma série de problemas, que também já começam a aparecer no Centro-Oeste, assim como o Norte. A situação é generalizada”, completa.

Fonte: Jcnet

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