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O Talibã anunciou, nesta terça-feira (7), os nomes do governo provisório no Afeganistão – a maior parte dos ministros é de antigos membros do grupo extremista.
O primeiro-ministro interino será o mulá Hasan Akhund, que já tinha sido o líder do governo talibã entre 1996 e 2001, antes do regime ser deposto por forças militares lideradas pelos Estados Unidos logo após os ataques do 11 de setembro.
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Um dos vices será o mulá Abdul Ghani Baradar, que foi o principal negociador do Talibã no acordo com o governo americano para a retirada dos militares do país.
Sirajuddin Haqqani, o novo ministro do Interior, é filho do fundador da rede Haqqani, um grupo terrorista que é um dos homens mais procurados dos EUA por seu envolvimento com ataques suicidas.
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O mulá Mohammad Yaqoob será o novo ministro da Defesa. Ele é filho do mulá Omar, um dos fundadores do Talibã.
Todos do Talibã
Por enquanto, não há nenhum membro do primeiro escalão que não seja do Talibã. Essa é uma das exigências da comunidade internacional.
O anúncio dos nomes que vão compor o governo foi feito pelo porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid.
O anúncio foi adiado durante dias porque o Talibã aguardava a resolução do conflito no Vale do Panjshir —era a última província que o grupo não tinha conseguido capturar. Houve dois adiamentos da revelação de quem seriam os líderes de governo.
Horas antes da revelação dos nomes, houve um protesto em Cabul, na frente da embaixada do Paquistão (os manifestantes reclamavam de uma suposta interferência paquistanesa na política afegã).
Os talibãs que estavam no local deram tiros para o ar para dispersar o protesto. Eles também prenderam jornalistas que estavam no local.
Na segunda-feira, o Talibã anunciou que dominou a província de Panjshir, a última que não havia controlado ainda.
Grupo afirma que vai permitir que afegãos deixem o país
O Talibã prometeu novamente ao governo dos EUA que permitirá a saída do país dos afegãos que assim desejarem, afirmou o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, que visita o Catar.
Líderes do movimento islamita afirmaram que “permitirão que as pessoas com os documentos de viagem partam de maneira livre”, disse Blinken em uma entrevista coletiva.
O governo do presidente Joe Biden é pressionado por informações, algumas delas confusas, sobre pessoas com passaporte americano que estão bloqueadas no aeroporto de Mazar-i-Sharif, norte do Afeganistão, segundo uma ONG americana.
Fonte: Yahoo!