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O homem preso preventivamente suspeito de matar a diretora de escola Elenir de Siqueira Fontão, de 49 anos, foi encontrado morto na prisão na manhã deste domingo (23) em Florianópolis. A causa da morte não foi divulgada pelo Departamento de Administração Prisional (Deap) que informou em nota que “todas as providências legais e periciais foram tomadas”.
A diretora, que trabalhava na Escola Estadual Januária Teixeira da Rocha, no bairro Campeche, em Florianópolis, foi assassinada a facadas dentro da unidade na tarde de quarta. O suspeito, ex-namorado da vítima, foi detido pela polícia logo após o crime. Ele estava com um ferimento no abdômen e marcas de luta corporal e foi levado ao hospital. Na saída da unidade hospitalar, foi autuado.
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O suspeito de 39 anos foi preso em flagrante no dia da morte e na quinta-feira (20) a prisão havia sido convertida em preventiva pela Vara do Tribunal do Júri de Florianópolis pelos crimes de feminicídio, tentativa de homicídio qualificado, cárcere privado e resistência.
Segundo o Deap, o suspeito foi encontrado morto por volta das 6h na cela onde estava sozinho na Penitenciária de Florianópolis.
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Feminicídio
![Elenir de Siqueira Fontão, 49, foi assassinada em escola no bairro Campeche, em Florianópolis. — Foto: Reprodução/Facebook](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/BddhwxIiev0dMGbnpgp_AJVdjKQ=/0x0:960x949/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/v/F/VsCgUhTvaSntdwwxJmTw/elenir.jpg?quality=70&f=auto)
Elenir foi rendida pelo ex-namorado, armado com uma faca, dentro da sala da direção da escola e levada ao banheiro, onde foi esfaqueada no pescoço. Um vizinho que ouviu a vítima pedir socorro tentou ajudar e acabou ferido.
Conforme a polícia, o criminoso chegou ao local por volta das 17h30, quando as aulas na escola já tinham terminado. A educadora tinha ficado na unidade até aquele horário para acompanhar um aluno que esperava os pais.
Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, testemunhas disseram que o agressor manteve a diretora trancada no banheiro por cerca de meia hora. Nesse momento um homem tentou ajudar a vítima, mas foi esfaqueado no braço pelo suspeito. Por isso, Geovanio foi enquadrado também o crime de tentativa de homicídio.
Os policiais também disseram que precisaram usar a força progressivamente para render o agressor, já que ele resistiu à prisão e tentou fazer com que os agentes atirassem nele.
![Movimentação de policiais militares na escola Januária Teixeira da Rocha, em Florianópolis, após assassinato de diretora — Foto: André Zanfonatto/NSC TV](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/L8X0MN7j0dtN6Ha0E3mZjmu8GG0=/0x0:1280x960/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/Q/v/mxjQV4R4eCnPGAyOTtBQ/escola-campeche-florianopolis-feminicidio.jpg?quality=70&f=auto)
Registro de boletim de ocorrência
Conforme a Polícia Civil, a vítima já tinha registrados boletins de ocorrência (B.O.s) contra o ex. Os dois B.O.s contra ele foram registrados em Palhoça, na Grande Florianópolis, cidade onde ele morava. Elenir registrou o primeiro B.O. em novembro de 2017 por ameaça, enquanto o segundo, em novembro de 2019, também foi por ameaça e ainda pelo furto do carro dela.
As investigações não tiveram continuidade, segundo a polícia, porque a vítima não representou a denúncia, não autorizando a abertura de investigação.
De acordo com a polícia, o homem já tinha antecedentes criminais por furto, ameaça, roubo, dano, invasão de propriedade e furto de energia.
![Funcionários de escola limpam sangue no chão após assassinato de diretora em Florianópolis — Foto: André Zanfonatto/NSC TV](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/FyNifx-lJgVzdGio-4ZLUadXr5Q=/0x0:1280x960/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/c/E/0d3bfHShKF2tcSi6w2qA/limpando-sangue-na-escola-florianopolis.jpg?quality=70&f=auto)
Fonte: G1