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A Justiça aceitou o pedido da Polícia Civil de Amparo (SP) e decretou a prisão preventiva do professor de religião Marcos Bueno Ribeiro, de 41 anos, pelo crime de estupro de vulnerável. De acordo com o delegado Fernando Ramon Petrucelli Moralez, a decisão prevê que o suspeito responda a todo o processo preso, “para evitar risco de fuga, de novos crimes e garantir a segurança das testemunhas e vítimas”.
Identificado por nove vítimas, o professor atuava na evangelização de crianças e adolescentes na 1ª Igreja Batista de Amparo e cumpre prisão temporária desde 20 de setembro – o prazo se encerrou neste sábado. A prisão preventiva foi decretada na sexta-feira (18).
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O delegado informou que relatou o primeiro dos sete inquéritos em andamento na cidade e que o Ministério Público (MP) já havia se manifestado favoravelmente. Duas das crianças identificadas pela Polícia Civil teriam sido abusadas em um acampamento religioso em Monte Alegre do Sul (SP), e os inquéritos foram enviados à delegacia da cidade.
Segundo Moralez, o pedido para a prisão preventiva era necessário para a segurança das vítimas e para garantir a aplicação da lei. Os outros seis inquéritos que estão sobre sua responsabilidade serão relatados em breve, respeitando o prazo de cada um deles.
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Meninas entre 8 e 12 anos
À Polícia Civil, Ribeiro disse que entrou na igreja em 2002, mas que os crimes contra as garotas foram praticados nos últimos três anos.
De acordo com a delegada Leise Silva Neves, o professor explicou que os crimes ocorriam “sempre que tinha a oportunidade de ficar sozinho com as vítimas” e que escolhia meninas entre 8 e 12 anos “pelo fato delas não terem entendimento do ocorrido”, o que evitaria a delação do crime às famílias.
“Ele disse que abusava dessas crianças porque elas não tinham conhecimento, então elas não iriam delatar às famílias o que ele fez. Seria mais fácil ter o controle. Ele falava que naquela hora, naquele medo, tudo favorecia o silêncio”, disse Leise.
Após ser preso, o professor foi encaminhado para a cadeira de Serra Negra (SP), mas depois foi transferido para uma unidade prisional em Sorocaba (SP), onde a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) mantém condenados e suspeitos de crimes sexuais.
Fonte: G1