19 de novembro, 2024

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Surto de vírus mata cavalos na Europa e preocupa hipismo nas Olimpíadas

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O hipismo está em alerta após um surto de uma nova variante do vírus de herpes equino (EHV-1) matar 17 cavalos na Europa. A Federação Equestre Internacional (FEI) cancelou todas as competições no continente até o dia 11 de abril e recomendou quarentena para evitar a disseminação da doença. Uma situação que começa a preocupar para a realização da modalidade nas Olimpíadas de Tóquio, em julho.

– Temos que estar atentos a tudo que está acontecendo. Estamos monitorando muito de perto a situação, nossa equipe técnica está bastante atenta a situação do vírus na Europa. A nossa expectativa é que o hipismo participe normalmente dos Jogos de Tóquio, e vamos trabalhar bastante para que isso aconteça – disse Francisco Mari, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).

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Transmitido pelo ar, o vírus de herpes equino, que não afeta humanos, é encontrado em várias partes do mundo, mas a nova cepa encontrada em Valência, na Espanha, preocupou a comunidade hípica internacional. Os animais podem apresentar distúrbios respiratória, febre e em alguns casos sintomas neurológicos, que podem levar o cavalo à morte. Grávidas podem sofrer aborto.

Até o momento, dezessete cavalos não resistiram ao novo vírus – 10 na Espanha, cinco na Alemanha e dois na Bélgica. França, Itália, Eslováquia, Suécia e Suíça também já registraram casos da doença. O Qatar foi o único país fora da Europa a ter caso confirmado.

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– Apesar de conhecermos a doença e o vírus há tempos, é como se estivéssemos em janeiro de 2020, quando ninguém tinha muita informação sobre a covid-19. Nesse momento, sabe-se muito pouco sobre a nova cepa do EHV-1. É uma nova forma agressiva do vírus e ainda não existem estudos sobre essa variante, nem imunização específica comprovada cientificamente. Mas é muito cedo para afirmar qualquer coisa. O importante é redobrar a atenção com qualquer sintoma nos cavalos e respeitar todas as exigências para transportes dos cavalos para evitar a disseminação da doença – disse Alexis Ribeiro, veterinário da CBH.

O Brasil tem cavalos e cavaleiros que residem na Europa. A CBH monitora os candidatos ao time olímpico e está em contato com os veterinários de cada animal. Par evitar que a doença chegue ao Brasil através da importação de algum animal contaminado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que, além da quarentena realizada no país de procedência, cavalos importados da Europa deverão permanecer em isolamento no estabelecimento de destino por 21 dias.

Fonte: G1

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