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Subiu para cinco o número de mortos no desabamento do edifício Champlain Towers South, na região de Miami (Estados Unidos), informou a prefeita do condado de Miami-Dade neste sábado (26).
A quinta vítima do desmoronamento foi confirmada após os socorristas encontrarem um corpo sem vida nos escombros. As autoridades alertam que esse número vai aumentar porque outros restos mortais foram vistos durante as operações de busca. O total de desaparecidos foi atualizado para 156.
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Nesta tarde, os trabalhos de resgate continuaram com a esperança de encontrar mais pessoas com vida. Bombeiros usam sonares e cães farejadores para tentar achar sobreviventes.
“Nossa prioridade continua sendo procurar, resgatar e salvar mais vidas que pudermos”, disse a prefeita Daniella Levine Cava, de Miami-Dade, condado na Flórida que inclui a cidade de Surfside, onde ocorreu o desabamento.
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Estima-se que um terço dos desaparecidos sejam estrangeiros, principalmente de latino-americanos. Uma brasileira relatou que seu filho, também brasileiro, e o marido dela, de nacionalidade italiana, não foram mais encontrados. O Ministério das Relações Exteriores não confirmou dados de cidadãos do Brasil entre os desaparecidos.
Incêndio atrapalha buscas
A busca por mais de 150 moradores desaparecidos de um prédio que desabou na Flórida há dois dias tornou-se cada vez difícil neste sábado, depois que um incêndio prejudicou os esforços de resgate e as autoridades disseram não ter localizado nenhum sinal de vida em meio à pilha de destroços.
Apesar do trabalho ininterrupto no local do desabamento em Surfside, uma cidade costeira perto de Miami, as equipes de busca e resgate não encontraram nenhum novo sobrevivente até a manhã deste sábado, disse a prefeita de Miami-Dade Danielle, Levine Cava, em coletiva de imprensa. O número oficial de mortos permaneceu em quatro, embora esse número certamente deva aumentar.
Autoridades disseram ainda alimentar esperança de que algumas das 159 pessoas ainda desaparecidas possam ser encontradas vivas, mas reconhecem que um incêndio em algum lugar sob os escombros está reduzindo a velocidade do trabalho das equipes de resgate, enchendo a área de fumaça e frustrando os esforços dos bombeiros para localizar a fonte.
Ao meio-dia, uma fumaça subiu de uma varanda do segundo andar na parte do prédio que ainda estava de pé, enquanto a equipe de resgate acionava as mangueiras em direção aos escombros para limpar a poeira.
Ajudados por cães, varredura infravermelha e equipamentos pesados, os socorristas mantêm esperança de que as bolsas de ar que possam ter se formado nos escombros possam estar mantendo possíveis sobreviventes.
“A coisa mais importante agora é a esperança”, disse o chefe dos bombeiros Alan Cominsky, segundo a Reuters. “Isso é o que nos motiva. É uma situação extremamente difícil.”
Relatório aponta dano estrutural
Um relatório datado de 2018 e recém-lançado mostrou que um engenheiro havia encontrado evidências de grandes danos estruturais sob o deck da piscina e “deterioração de concreto” no estacionamento subterrâneo do condomínio de 12 andares, três anos antes de desabar sem aviso na quinta-feira, enquanto a maioria dos residentes dormia.
O relatório do engenheiro de 2018, divulgado pelos funcionários da prefeitura, foi encomendado pela diretoria do condomínio em preparação para um grande projeto de restauração que deveria começar ainda este ano.
Não ficou imediatamente claro se os danos descritos no relatório estavam de alguma forma relacionados com o desabamento do edifício, por volta de 1h30, no horário local (2h30, no horário de Brasília).
Levine Cava disse que as autoridades não tinham conhecimento do relatório. A vice-prefeita Tina Paul chamou a questão estrutural descrita no documento de “muito alarmante” em um e-mail na manhã de sábado.
Fonte: G1