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O libanês Joseph Nour Eddine Nasrallah, conhecido pelo apelido de Sheik e apontado como chefe de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas, foi preso pela Polícia Civil nesta sexta-feira (18), em um flat em Campinas (SP), e levado ao 89º Distrito Policial, em São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Ele ficou conhecido por construir em Valinhos (SP) uma mansão cinematográfica, avaliada, em 2007, em R$ 40 milhões.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo liderado por Sheik comprava cocaína em países vizinhos ao Brasil e transportava para Estados Unidos, Europa e África em contêineres embarcados em navios e também por meio de “mulas”, pessoas que recebiam dinheiro para levar a droga no corpo ou na bagagem.
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Nasrallah, de 53 anos, foi preso pela primeira vez em 2008 como alvo da Operação Kolibra, da Policia Federal. O milionário cumpriu parte da pena, foi ao semiaberto e fugiu. Ele estava escondido em um flat na cidade de Campinas (SP).
A reportagem conseguiu falar por telefone com uma das advogadas de Nasrallah, mas a defensora informou que não tem informações sobre a prisão do cliente.
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Operação Kolibra
Sheik foi alvo da “Operação Kolibra” que teve início em janeiro de 2005, depois do envio ao Brasil de informações de inteligência da polícia alemã que demonstravam a existência de libaneses radicados no país operando um esquema de tráfico internacional de drogas.
Segundo o Ministério Público Federal, durante dois anos anos de monitoração telefônica, a Polícia Federal apurou que Nasrallah era um dos líderes da organização no Brasil.
“A investigação, feita pela Polícia Federal em cooperação internacional com a polícia da Espanha, Portugal e da Bélgica, prendeu 54 pessoas que tinham ligação com a quadrilha e apreendeu, aproximadamente, 3,4 toneladas de cocaína. A estimativa é que o grupo criminoso tenha movimentado mais de um milhão de euros e 800 mil dólares, destes quase 400 mil euros e 600 mil dólares foram apreendidos durante a operação”, informou, à época, o MPF.
A mansão
A mansão cinematográfica que o libanês construiu em um condomínio de luxo em Valinhos tinha 3,6 mil metros quadrados de área construída, em um terreno de 5 mil m². A moradia luxuosa de dois andares tinha elevador, era adornada por materiais importados, além de muito mármore.
Uma das peças que chamava atenção era uma banheira de ouro avaliada, à época, em R$ 120 mil.
Entre os vizinhos do condomínio, Nasrallah conhecido como o “magnata do petróleo”. Esse era o disfarce que Sheik, que segundo a Polícia Federal fez fortuna com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, usava quando estava em Valinhos.
Fonte: G1