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Sessenta crianças morreram nos últimos cinco dias em um hospital público do norte da Índia, segundo um balanço divulgado neste sábado (12) por autoridades locais, o que a imprensa atribui à falta de estoques de oxigênio no local.
“Abrimos uma investigação e divulgaremos hoje um relatório preliminar. Sessenta pacientes morreram no hospital nos últimos cinco dias, mas não acreditamos que isto esteja relacionado às informações sobre falta de oxigênio”, declarou à AFP Anil Kumar, representante da polícia de Gorakhpur.
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Segundo a imprensa indiana, dezenas de crianças morreram na última quinta e sexta-feira por falta de estoque de oxigênio, depois que a empresa responsável deixou de fornecê-lo, supostamente por falta de pagamento de contas no valor total de milhões de rupias.
Autoridades investigam irregularidades no hospital Baba Raghav Das, localizado no distrito de Gorakhpur, estado de Uttar Pradesh, o mais povoado do país, governado pelo partido conservador Bharatiya Janata Party, do premier Narendra Modi.
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Segundo um comunicado do gabinete do ministro-chefe de Uttar Pradesh, Yogi Adityanath, que ordenou a abertura da investigação, as 60 mortes aconteceram em um período de cinco dias a partir da última segunda-feira.
Segundo o texto, 23 crianças morreram na quinta-feira, quando “a pressão da alimentação de oxigênio baixou”.
O ministro da Saúde de Uttar Pradesh, Sidharth Nath Singh, suspendeu o diretor do hospital até que o resultado da investigação seja divulgado.
“Houve várias causas para o problema de abastecimento de oxigênio, mas nossa investigação mostra que não houve mortes por causa disto”, afirmou o ministro após uma visita ao hospital.
O jornal “The Hindustan Times” publicou em sua edição deste sábado as cenas de pânico no hospital quando o fornecimento de oxigênio foi alterado.
“Isto provocou um caos total, com pais de pacientes correndo para conseguir ajuda e funcionários do hospital tentando manter o fornecimento de oxigênio, inclusive com bolsas manuais de respiração”.
Os hospitais públicos indianos costumam funcionar com lotação máxima, à beira de seu limite. Os pacientes têm que suportar longas listas de espera, até mesmo para intervenções simples, e, às vezes, são obrigados a dividir o leito.
Fonte: Yahoo!