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Dois primos que participaram do espancamento de Narciso dos Santos, de 24 anos, em uma rua na madrugada do dia 9 de maio, em Garça (SP), junto com outras três pessoas, se entregaram na delegacia neste domingo (16) depois de não serem encontrados durante operação da Polícia Civil realizada no sábado (15).
Após as investigações do caso, a Polícia Civil indiciou quatro homens envolvidos na agressão e realizou uma operação no sábado para prender três deles, mas não conseguiram encontrar ninguém e, por isso, os três suspeitos passaram a ser considerados foragidos da Justiça.
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De acordo com os policiais, os quatro suspeitos vão responder por tentativa de homicídio, com agravante de motivo fútil e por meio cruel e também por corrupção de menores, já que um dos cinco agressores é menor de idade e vai responder apenas por ato infracional.
Logo no início das investigações, no último dia 10, os dois primos de 19 e 21 anos se apresentaram na delegacia com um advogado e confessaram o crime. Mas até o momento estava aberto apenas um inquérito por lesão corporal contra os cinco envolvidos e, por isso, os jovens estavam respondendo ao processo em liberdade.
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Segundo a polícia, no depoimento, os suspeitos confirmaram que estavam fazendo manobras arriscadas e que realmente houve um desentendimento entre eles e Narciso, porque ele reclamou, e acrescentaram que partiram para a agressão depois de verem que a vítima estava com um canivete, mas a versão não foi confirmada.
Na ocasião, o delegado da Polícia Civil, Gustavo Pozzer, já havia ressaltado que apesar do crime ter sido registrado como lesão corporal, no decorrer do inquérito os suspeitos poderiam responder por homicídio, já que o estado de saúde da vítima, que permanece na UTI, é muito grave.
“Nós já identificamos todas as pessoas que estão no vídeo, tanto essas cinco pessoas que ficam mais em volta no vídeo, quanto os transeuntes. No decorrer do inquérito vamos ouvir todas para que com as imagens e com todos esses depoimentos nós consigamos a segurança para a tipificação correta do crime, para que o inquérito policial seja robusto para posterior encaminhamento ao poder judiciário, para que haja a devida responsabilização dessas pessoas”, explicou Pozzer.
O advogado da dupla, Niel Correa Amorim, disse que apesar de confessarem o crime, os dois primos não queriam matar, mas apenas ferir a vítima que levou golpes e chutes na cabeça até mesmo depois de estar desacordada ao lado da guia da calçada, conforme mostram as imagens das câmeras de segurança.
“Confessaram os fatos e embora as imagens sejam fortíssimas, alegaram aqui que a intenção não era matar e sim, ferir”, disse o advogado.
De acordo com informações do Hospital das Clínicas de Marília, onde Narciso está internado, divulgadas nesta terça-feira (11), o estado de saúde do paciente é instável e ele está recebendo toda a assistência necessária. Os familiares disseram ainda que uma tomografia apontou dois coágulos de sangue na cabeça da vítima.
Fonte: G1