22 de dezembro, 2024

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Primeira mulher a correr a Maratona de Boston volta a completar a prova

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Em 1967, uma imagem chamou a atenção do mundo. Inscrita com o nome “K. V. Switzer”, uma jovem de 20 anos era empurrada para fora da Maratona de Boston por um funcionário do evento. O motivo? Até então, a prova era restrita a homens. A luta pela igualdade de gênero tornou Kathrine Switzer um ícone nos Estados Unidos. Cinquenta anos depois, a americana voltou a correr a mesma prova, roubando a cena no evento realizado nesta segunda-feira. Aos 70 anos, ela tentou explicar o episódio que a tornou famosa.

– As mulheres eram consideradas muito frágeis para disputar a Maratona de Boston naquela época, então só homens podiam se inscrever. Eu tinha treinado forte e achava que tinha condições de participar. Acabou que um funcionário me descobriu no meio da prova, me empurrou para fora e eu só consegui continuar porque o meu namorado me ajudou a seguir em frente – disse Kathrine ao New York Times.

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Funcionário tenta expulsar Kathrine Switzer da Maratona de Boston de 1967 (Foto: Getty Images)
Funcionário tenta expulsar Kathrine Switzer da Maratona de Boston de 1967 (Foto: Reprodução)

A americana completou a prova em 4h44m31s. As mulheres só começaram a correr a Maratona de Boston a partir de 1972. Ao longo dos seus 70 anos, Kathrine participou de 39 maratonas, tendo sido campeã em Nova York em 1974. A atleta não participava da Maratona de Boston desde 1976. Nesta segunda, ela usou o mesmo número 261 da icônica foto de 1976. Antes do início da prova, ela deu o tiro para o alto sinalizando o início da prova das mulheres.

– As pessoas têm informações erradas sobre a minha participação em 1967. Dizem que me disfarcei, não aconteceu isso. Estava usando roupas de moletom cinza como todo mundo. Todos os homens que corriam próximos de mim sabiam que eu era uma mulher – lembrou.

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Questionada sobre se a inscrição “K. V. Switzer” tinha sido proposital para não ser notada, ela tratou de se justificar:

 
Americana foi condecorada na prova desta segunda-feira (Foto: Getty Images)
Americana foi condecorada na prova desta segunda-feira (Foto: Reprodução)

– Muitos acharam que usei só as iniciais do meu nome de propósito. Não foi nada disso. Eu assino com as minhas iniciais desde os 12 anos. Eu queria ser uma jornalista esportiva e Kathy Switzer não era um nome legal para a profissão. Daí eu pensei em adotar uma assinatura parecida com a das escritoras J. D. Salinger e T. L. Eliot. Foi só isso que aconteceu – explicou Kathrine, que era estudante de jornalismo quando correu a Maratona de Boston de 1967.

Fonte: G1

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