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O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou, em entrevista ao site do jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira (30), que não descarta novas demissões na empresa, até o final do ano.
Questionado, ele respondeu que não poderia dizer “nem que sim nem que não”. E justificou: “a crise ainda não acabou e não a controlamos”.
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A resposta contradiz as declarações dos representantes da empresa durante a audiência de conciliação com o Sindicato, quando foram taxativos ao afirmar que a Embraer não faria mais demissões.
Em outra contradição, Gomes Neto também afirma que o planejamento estratégico elaborado para os próximos cinco anos deixará a Embraer ainda maior do que era antes da crise da covid-19 e de sofrer o revés da Boeing.
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A declaração confirma o que o Sindicato sempre disse: que a Embraer nunca precisou dessa venda para a norte-americana para crescer e se manter forte no mercado.
“As recentes declarações do presidente da companhia só mostram que sempre estivemos certos e que a empresa mente o tempo todo. Mente para o mercado, para a sociedade e até para a Justiça. Esse é mais um motivo para fortalecer nossa luta pelo cancelamento das demissões e pela reestatização. Só assim a empresa sairá do controle de uma diretoria irresponsável em relação aos interesses da nação”, disse o diretor do Sindicato Herbert Claros.
A mobilização em defesa dos empregos na Embraer começou no dia 3 de setembro, quando a empresa anunciou as 2.500 demissões.
Desde então, os trabalhadores já realizaram diversas mobilizações. O Sindicato está reivindicando, na luta e na Justiça, o cancelamento dos cortes.
Por Flávio Fogueral