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Conselheiros de diferentes grupos políticos do Santos preparam um requerimento para evitar problemas para o clube com as exigências do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).
O Peixe precisa adequar o seu Estatuto Social às normas do programa, mas a discussão pelas mudanças gerais se arrasta e são mais de 100 emendas apresentadas.
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Diante do seu cenário, parte do conselho alvinegro pede uma “pauta à parte” para adequação ao Profut antes das demais conversas por alterações estatutárias. Cerca de 80 assinaturas já foram levantadas. Ainda não há nova reunião marcada pelo presidente Marcelo Teixeira.
O presidente José Carlos Peres pediu aos conselheiros no último encontro a atenção ao Profut para evitar sanções disciplinares. A antecipação dessa resolução diminuiria o risco de punições. Veja o requerimento abaixo, a ser protocolado na próxima reunião na Vila Belmiro.
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“Ao Senhor Presidente do Conselho Deliberativo do Santos Futebol Clube:
Preocupados com a urgência necessária para que o Santos Futebol Clube adeque o seu Estatuto Social às exigências do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), os conselheiros abaixo-assinados consideram fundamental expor os seguintes pontos à Mesa:
a) Que, infelizmente, o clube passa por uma crise política profunda, com recorrentes discussões acaloradas e sem precedentes entre membros do Executivo, Legislativo e quadro associativo em geral;
b) Que fatos recentes demostram uma relação conflituosa da diretoria do clube com as entidades que comandam o futebol nacional, em especial a CBF (Confederação Brasileira de Futebol);
c) Que há um inequívoco sentimento entre os conselheiros de que uma reforma estatutária profunda precisaria ser discutida com maior densidade e com mais tempo;Colocado esse contexto, vale ressaltar que são poucos os pontos do Profut que exigem mudança de nosso Estatuto Social. A partir de levantamento conjunto realizado por dezenas de conselheiros, ressaltamos os itens abaixo:
1) Alteração do valor máximo que pode ser usado com o departamento de Futebol, passando dos atuais 85% para os 80% previstos na lei;
2) Previsão do afastamento imediato e inelegibilidade, pelo período de, no mínimo, cinco anos, de dirigente ou administrador que praticar ato de gestão irregular ou temerária;
3) Previsão de compensação do clube com bens de dirigentes que praticarem gestão temerária;
4) Qualquer outra mudança restrita apenas ao Profut que possa ser levantada pelos escritórios contratados.
Dessa maneira, solicitamos que a Mesa do Conselho Deliberativo apresente, em conjunto com a proposta desenvolvida pela Comissão do Estatuto, um projeto alternativo que inclua apenas as exigências do Profut. Assim, poderíamos nos adequar à legislação nacional sem colocar o clube em risco de perder os benefícios do Profut.
Tal mudança seria fatalmente aprovada por Conselho Deliberativo e quadro associativo. A partir daí, teríamos a tranquilidade necessária para discutirmos outros pontos do Estatuto Social, sem possibilidade de prejuízo financeiro ao clube. Como conselheiros, devemos atuar com responsabilidade e acreditamos que termos apenas uma polêmica versão de novo estatuto poderá colocar o clube em situação bastante delicada.
Em resumo, reiteramos neste documento um pedido que já foi realizado por alguns conselheiros, qual seja: que a Mesa do Conselho Deliberativo também apresente uma versão de novo estatuto apenas com as adequações ao Profut.
Por fim, solicitamos ainda uma confirmação oficial sobre o fato de o clube ter sido, ou não, notificado pela APFUT (Autoridade Pública de Governança do Futebol). Em caso afirmativo, pedimos acesso à integra de tal documento”.
Fonte: Yahoo!