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O prefeito de Marília (SP), Daniel Alonso (PSDB), afirmou na noite desta sexta-feira (19) que não vai seguir a orientação do governo do estado que, horas antes, no início da tarde, anunciou em coletiva a reclassificação das regiões do estado nas medidas de flexibilização das atividades econômicas.
Com a avaliação dos últimos sete dias, a região que compreende o Departamento Regional de Saúde de Marília foi rebaixada da fase 2 (laranja) para a fase 1 (vermelha) no Plano São Paulo, a mais restritiva e que permite apenas o funcionamento de serviços essenciais.
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“Não há motivos para cairmos para a fase vermelha, pois vários de nossos indicadores não estão nesta fase vermelha. Tem um na fase 1, mas há outros na fase 2 e alguns até mesmo na fase 3 [amarela]. Além disso, temos uma liminar judicial que nos permite definir nosso próprio processo de flexibilização”, afirmou o prefeito.
Ainda na entrevista coletiva do início da tarde desta sexta-feira, na capital, o governador João Doria (PSDB) mandou um recado para os prefeitos que não seguirem a orientação do estado sobre a flexibilização da quarentena. Disse não acreditar que prefeitas e prefeitos queiram ficar marcados pela mortes de moradores de suas cidades.
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Alta nas internações
De acordo com a avaliação do governo do estado, houve um aumento de cerca de 55% nos casos de internação pela doença, o que, segundo o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann Ferreira, demonstra a elevação dos casos graves da doença.
Marília iniciou o processo de flexibilização na fase 2 e se manteve no mesmo patamar na avaliação divulgada no último dia 10 de junho.
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No início, o prefeito Daniel Alonso colocou a cidade na fase 4 (verde), permitindo atividades como academias. Mas voltou atrás e manteve o município na fase laranja, mesmo conseguindo na Justiça uma liminar para ter autonomia para definir as próprias regras de flexibilização.
Com a nova avaliação, a cidade agora só poderá autorizar o funcionamento de serviços essenciais.
Confira abaixo o que é permitido em cada fase
- Fase 1, vermelha: alerta máximo, funcionamento permitido somente aos serviços essenciais
- Fase 2, laranja: controle, possibilidade de aberturas com restrições
- Fase 3, amarela: abertura de um número maior de setores
- Fase 4, verde: abertura de um número maior de setores em relação à fase 3
- Fase 5, azul: “Normal controlado” – todos os setores em funcionamento, mas mantendo medidas de distanciamento e higiene.
A definição estabelece que setores da economia que desejam a reabertura devem apresentar planos com protocolos para a prefeitura. Caberá à gestão municipal definir quem e quando poderá reabrir.
A regiões serão avaliadas periodicamente de acordo com os indicadores de saúde, verificando se cumprem os critérios para avançarem a uma fase de maior relaxamento a cada 14 dias ou voltar para uma fase mais restrita a cada sete dias (ou imediatamente, caso haja evidência da piora da situação).
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De acordo com o plano do governo, as prefeituras terão autonomia para flexibilizar setores estabelecidos. Com isso, municípios que estiverem nas fases 2, 3 e 4 poderão flexibilizar determinados setores anunciados anteriormente.
A flexibilização deverá ser feita por decreto pelos prefeitos das cidades observando também os planos regionais.
Fonte: G1