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A Polícia Civil investiga supostos maus-tratos em uma instituição para acolhimento de idosos localizada em Vera Cruz (SP). Os responsáveis pelo estabelecimento negam qualquer irregularidade e dizem não ter conhecimento sobre o inquérito.
O filho de uma idosa registrou um boletim de ocorrência em novembro do ano passado, poucos dias antes de ela morrer, com 89 anos, por problemas de saúde, relatando a ocorrência de ferimentos pelo corpo dela “devido à falta de higiene e cuidados”.
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O inquérito foi aberto em junho e a delegada responsável pelo caso pediu a prorrogação das investigações na quinta-feira (7). A autoridade policial espera a expedição de laudo indireto do Instituto Médico Legal (IML).
Conforme o registro policial, de autoria do filho da idosa que consta como suposta vítima de maus-tratos, a mulher passou a viver na instituição depois de fraturar o fêmur, já que no local ela teria acompanhamento de enfermeiros 24 horas por dia.
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Ele disse que era cobrada pela instituição a mensalidade de R$ 3,5 mil, mais R$ 200 por fora para aquisição de fraldas. Em dado momento, segundo relatou, ele também passou a pagar por conta própria uma nutricionista e alimentação própria.
“Após ingresso de sua genitora, houve diversos episódios nos quais foram necessário levar sua genitora até o pronto-socorro, sendo que todas as vezes nas quais perguntava os motivos para as enfermeiras, nunca informavam os motivos, apenas falando que sua genitora havia passado mal”, afirmou o filho da mulher.
Ele relatou também que sua mãe quebrou o fêmur pela segunda vez quando já estava estabelecida na entidade, “após uma queda, que, segundo as enfermeiras, sua genitora havia pulado a grade da cama”.
Poucos dias antes da morte da idosa, ela precisou ser internada mais uma vez no Hospital das Clínicas de Marília (SP), segundo seu filho, que disse ter contratado uma enfermeira particular como acompanhante dela.
“Só então foi informado pela enfermeira, bem como pelo médico que sua genitora não estava sendo bem tratada, pois estava com diversos ferimentos pelo corpo, por falta de higiene e cuidados, e foram retiradas diversas fotografias dos ferimentos”, relatou o autor do BO.
O homem disse à polícia que sua mãe não tinha nenhum machucado ao dar entrada na instituição de acolhimento para idosos.
O filho também relatou que “foi informado por uma pessoa que não quis se identificar que o local onde sua genitora estava não era adequado, e era para tirá-la daquele local o quanto antes”.
Segundo o homem, ele nunca pôde ter acesso ao interior da instituição e lhe foram negadas imagens do sistema de segurança. Por fim, ele contou que “retiraram todos os medicamentos que sua genitora fazia uso, e que ele não sabe os motivos”.
Instituição
Questionados pela reportagem os responsáveis pela instituição, que hoje atende 16 idosos, negaram qualquer irregularidade no local, inclusive qualquer ocorrência de maus-tratos. Foi alegado ainda que os ferimentos, supostamente escaras recorrentes de internações médicas, não aconteceram na entidade.
Fonte: G1