28 março, 2024

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Plano busca induzir desenvolvimento de Botucatu e região a partir do Aeroporto Municipal

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Posição privilegiada e interligada pelas principais rodovias do Estado. Vocação na área da saúde, educação e pesquisa, indústria e turismo. Com esses atributos que já a colocam como uma das melhores cidades para se viver do País, Botucatu tem tudo para alçar voos muito mais altos. Sobretudo, com um aeroporto municipal a ser melhor explorado.

Esta primeira semente começou a ser plantada na noite da última sexta-feira (16), em um evento realizado no Parque Tecnológico de Botucatu. Na oportunidade foi entregue ao prefeito João Cury Neto, e apresentado a importantes lideranças e representantes da sociedade local e da região, um minucioso Plano de Desenvolvimento Econômico do Aeroporto Municipal de Botucatu.

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Elaborado pela Urban Systems, empresa especializada em análise de dados demográficos em mapas digitais para dimensionamento e levantamento de tendências em mercados e cidades, este plano apresenta as diretrizes para indução do desenvolvimento econômico e urbano do Município. Também oferece informações qualificadas e estratégicas para subsidiar a Prefeitura em suas áreas de planejamento.

O estudo, com mais de 500 páginas, é resultado de mais de um ano de trabalho. Leva em consideração a projeção de crescimento populacional, emprego e renda, os principais clusters produtivos, e como isso impactará na economia e crescimento organizado de Botucatu e cidades da região. Diante disso foi traçado parâmetros e sugestões de ocupação na área em potencial no entorno do aeroporto, respeitando as dimensões mínimas de lotes, eixos de interligação, áreas ambientais, entre outros aspectos.

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“O aeroporto tem o papel de ser um indutor de conectividade de negócios. A cidade vai crescer e demandar por espaços para residências, escritórios, hotelaria, saúde, educação, logística, enfim. Tendo o aeroporto funcionando, como conector entre Botucatu e São Paulo, sem falar Rio, Brasília, Belo Horizonte, todas essas cadeias vão voar para estabelecer essa conectividade de negócios. Isso amplia a possibilidade de trazer empresas. Daí eu olho para o Plano Diretor  e vejo os espaços que ele permite. Então vou desenhando essa nova cidade”, explica Thomaz Assumpção, sócio presidente da Urban Systems.

Desenvolvimento regional

O plano trabalha com uma área de influência direta composta por 15 municípios [Anhembi, Arandu, Areiópolis, Avaré, Bofete, Botucatu, Conchas, Itaí, Itatinga, Paranapanema, Pardinho, Pratânia, Santa Maria da Serra, São Manuel e Torre de Pedra], no qual abrangem pouco mais de 400 mil habitantes. Considerando as tendências de crescimento econômico e demográfico, a projeção indica a criação de 44,8 mil novos empregos e 3,4 mil novas empresas na região de Botucatu, até 2030.

Para o prefeito João Cury Neto, este plano de desenvolvimento representa um grande pacto para que a sociedade possa discutir que tipo de cidade ela irá querer ver nos próximos 20 anos e quais serão os objetivos a serem traçados.

“O aeroporto de Botucatu foi sempre subjulgado, subdimensionado, esquecido. E agora ele passa a ser um espaço gerador de oportunidades. Um dos objetivos é ter sim uma aviação comercial aqui no futuro. Mas este plano vai muito além disso. Trata-se de induzirmos desenvolvimento. E nesse diapasão, o que vale são as prefeituras prepararem mão de obra, trazendo empresas que tenham sinergia e se conectam com os clusters produtivos aqui da nossa região. Então tudo isso passa a ser um leque de oportunidades, onde os bons gestores, de mãos dadas com a sociedade organizada, vão entender o que vai ser feito para buscar oportunidades”, argumenta.

Sobre o aeroporto municipal

O Aeroporto de Botucatu, inaugurado no início da década de 1940, passou a levar oficialmente o nome “Tancredo de Almeida Neves” em 1985 e tem características próprias. Ele está a apenas 7 km do centro de Botucatu. Fica às margens da Rodovia Prof. João Hipólito Martins (SP-209/Castelinho), numa região livre de obstáculos naturais, com condições meteorológicas boas e pista de 1.500 metros lineares por 30 metros de largura, o que já permite atender a grande maioria de operações de aviação em geral. Possui pátio de 4.200m² e várias instalações industriais e de serviços nas proximidades, além de poucas áreas residenciais.

O levantamento feito pela Urban Systems aponta que hoje a região de Botucatu apresenta uma demanda orgânica de 87,6 mil passageiros em potencial, podendo atingir mais de 175 mil embarques e desembarques no Aeroporto de Botucatu. Com a projeção de crescimento desta área de influência, estes números passariam para 94,7 mil potenciais passageiros e 189,4 mil embarques e desembarques até 2030. Hoje a média anual é de pouco mais de 1,6 mil embarques/desembarques.

O plano de desenvolvimento apresentado ainda cita algumas recomendações de proteção do sítio aeroportuário que inclui o encaminhamento do processo de certificação do Aeroporto de Botucatu junto ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Comando da Aeronáutica (Decea) e a homologação de um Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo.  O objetivo é enquadrar o aeroporto municipal  em novas categorias de zona de proteção e de classe de ruído e, assim, aumentar as restrições de uso e ocupação de seu entorno para garantir a possibilidade de desenvolvimento futuro.

Fonte: Prefeitura de Botucatu

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