17 de maio, 2024

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Pesquisadores desenvolvem cartilha sobre aparelho urinário

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Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), da Unesp desenvolvem a cartilha lúdica, em quadrinhos: “Juca em uma viagem pelo aparelho urinário”, voltada para crianças que possuem a malformação congênita, mielomeningocele e consequentemente a bexiga neurogênica, tratando o tema de forma clara e compreensiva, com uma linguagem dinâmica para as crianças.

O material, que pode ser acessado por meio do link: http://www.doutorbexiga.com.br/#book5/page1, foi produzido pelos professores João Luiz Amaro, do Departamento de Urologia e também presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, seção São Paulo, Maria Virgínia Martins Faria Faddul Alves e Marla Andréia Garcia de Avila, do Departamento de Enfermagem e a enfermeira Thais Megumi Uezono, formada pelo curso de Enfermagem na FMB.

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De acordo com Amaro, a cartilha vai disseminar a informação sobre a doença e os cuidados que as crianças têm que ter na hora de fazer os procedimentos de cateterismo. “O material exerce papel fundamental, além da melhoria da qualidade de vida de quem tem bexiga neurogênica, evita complicações como infecções urinárias”, diz.

A bexiga neurogênica é quando a bexiga está cheia e não consegue se comunicar com o cérebro para avisar que é preciso esvaziá-la. Geralmente as crianças nascem portadoras de mielomeningocele, que é uma malformação congênita da coluna vertebral em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas e muitos dos nervos podem estar traumatizados ou sem função, sendo que o funcionamento dos órgãos inervados pelos mesmos (bexiga, intestinos e músculos) pode estar afetado.

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A maneira de esvaziar a bexiga é por meio de uma sonda, em um procedimento chamado cateterismo intermitente limpo. “A bexiga da criança fica cheia e ela não sente, por tanto, é preciso ser esvaziada de quatro a seis vezes ao dia, com cateter por meio de procedimento chamado cateterismo intermitente limpo, um procedimento simples e rápido que a criança pode aprender e fazer sozinha, evitando que o resíduo de urina, que fica retido na bexiga cause problemas como infecções urinárias e disfunções nos rins”, diz Amaro.

Segundo o médico, no mundo, de 1000 crianças nascidas vivas, existe 1 portadora de mielomeningocele. Já no Brasil, este número é maior, de 1000 crianças nascidas vivas, de 4 a 5 possui a mielomeningocele.

“As causas que na maioria das vezes favorecem a criança nascer com mielomeningocele são geralmente genética e ambiental. Ambiental pelo fato da mãe ser portadora de diabetes, hipertensão, ou induzidas por drogas. Existe de 25% a 50% de chances da mãe que teve uma criança com mielomeningocele, dos próximos filhos terem também, a maior incidência é para o sexo feminino”.

Ele alerta para a importância das mulheres consumirem farinha com ácido fólico antes de engravidarem, e que é imprescindível no primeiro trimestre da gravidez, a mulher suplementar o ácido fólico durante o pré-natal.

A cartilha contou com apoio da Pró-reitoria de Extensão Universitária da Unesp, e o patrocínio da Coloplast e SpeediCath.

Com Assessoria

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