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Existem no México 52.004 corpos não identificados em valas comuns e serviços forenses, denunciou nesta quinta-feira o Movimento Nacional pelos Nossos Desaparecidos do México (MNDM), que reúne mais de 70 grupos de familiares de vítimas.
“Há uma profunda crise forense em matéria de identificação humana no México. De acordo com dados oficiais, mais de 52.000 pessoas que morreram não foram identificadas, reportou o MNDM em um relatório preparado com base em pedidos de informação pública enviados aos serviços forenses do país.
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O grupo detalhou que, desse número, “60% estão em valas comuns de cemitérios públicos”, e acrescentou que “as autoridades não puderam ou não quiseram informar onde estão 22% dessas pessoas”. O restante se encontra em instalações dos serviços forenses (7%), universidades (5%) ou centros de proteção forense (1%). Os 5% restantes correspondem a “outros locais” que os serviços forenses não identificaram claramente, explicam os autores do relatório.
Os números “mostram como o aumento da violência nos últimos 15 anos teve um grande impacto na sociedade, particularmente em termos de desaparecimentos forçados e homicídios”. Ao mesmo tempo, “agravaram-se as limitações dos serviços forenses”, destaca o relatório.
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Funcionários insuficientes, formação inadequada, pouco trabalho interdisciplinar, baixos salários e contratos temporários nos serviços forenses são algumas das causas da “crise forense”, detalhou o MNDM. Por insistência da organização, o governo criou o Mecanismo Extraordinário de Identificação Forense, cuja diretoria será anunciada nos próximos dias.
Em outubro de 2019, a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) denunciou a existência de mais de 30.000 corpos não identificados nos necrotérios do México. O MNDM exigiu que o governo compare o banco de dados de corpos não identificados com o de desaparecidos.
De acordo com o governo, até esta quinta-feira havia 82.506 pessoas desaparecidas.
Fonte: Yahoo!