quarta-feira, 10 agosto, 2022
A recente visita a Israel e à Cisjordânia ocupada do presidente americano, Joe Biden, que se declarou “sionista”, decepcionou muitos palestinos, que criticam a falta de ação de seu governo para resolver o conflito israelo-palestino.
“É como os anos Trump, mas com um sorriso”, disse à AFP uma autoridade palestina que pediu anonimato, referindo-se às posições pró-Israel do ex-presidente americano.
Trump reconheceu a disputada cidade de Jerusalém como capital de Israel e transferiu a embaixada americana para lá, uma decisão vista como uma afronta pelo lado palestino e que Biden não retificou.
Poucos esperavam que o presidente de 79 anos retomasse o processo de paz, paralisado desde 2014.
No entanto, algumas autoridades palestinas acreditavam que Biden cumpriria sua promessa de campanha ao anunciar a reabertura do consulado americano para palestinos em Jerusalém Oriental, fechado pelo governo Trump em 2019.
Os palestinos querem transformar a parte oriental de Jerusalém, ocupada desde 1967 e anexada em 1980 por Israel, na capital do Estado a que aspiram.
O anúncio da reabertura do consulado poderia ter sido um “estímulo” para retomar as negociações de paz, disse outro funcionário palestino, que não quis ser identificado.
É verdade que Biden reiterou seu apoio à “solução de dois Estados”, ou seja, a de um Estado palestino viável ao lado de Israel.
E em uma entrevista coletiva ao lado do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na cidade de Belém, na Cisjordânia, Biden disse que deve haver “um horizonte político para o povo palestino”.
“Nunca deixaremos de trabalhar pela paz”, acrescentou, pedindo um “Estado palestino independente” com “continuidade territorial”.
No entanto, o presidente americano assegurou que as condições para relançar o processo de paz israelo-palestino não existem atualmente.
Também não propôs nenhum plano substantivo sobre a questão da ocupação israelense e não se pronunciou sobre a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.
Biden limitou-se a se reunir com os líderes de ambos os lados, anunciando ajuda financeira aos palestinos e um projeto para implantar a rede 4G na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, outro território palestino, dirigido pelo Hamas islâmico e submetido ao bloqueio israelense.
Ao chegar a Israel, Joe Biden declarou que “não é preciso ser judeu para ser sionista”, uma frase rara da boca de um líder americano, apesar do apoio ativo dos EUA a Israel desde a criação do Estado hebraico em 1948.
“Biden vem a Israel e se diz sionista, depois vem à Palestina e se recusa a falar sobre as questões centrais do conflito”, analisou um dos dois funcionários palestinos entrevistados pela AFP.
No domingo, o primeiro-ministro palestino, Mohammed Shtayyeh, denunciou a inação dos EUA.
“Se, como disse o presidente dos Estados Unidos, a solução [de dois Estados] está fora de alcance, então deve haver um congelamento imediato na construção de assentamentos, de acordo com o direito internacional e as resoluções para preservar o direito do povo palestino a ter seu Estado independente”, afirmou.
Para Tahani Mustafa, analista do International Crisis Group (ICG), a visita de Joe Biden “não deixou nenhuma indicação de que a situação do povo palestino tenha algum lugar na agenda de seu governo”.
“Como sempre, só nos restam as migalhas”, criticou Isa Abu Ayash, palestino de Belém, à AFP na sexta-feira, enquanto assistia a imagens de televisão da comitiva presidencial indo para o aeroporto.
Fonte: Yahoo!
Maria Cristina de Godoi Pinto – 51 anos Cemitério Memorial Botucatu 10/08/22 às 16h Velório Complexo...
Leia Notícias – O Jornal de Botucatu/ Grupo Leia Notícias Site/Jornal Impresso/Site
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |