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Os 77 quilos de ouro apreendidos pela Polícia Federal no interior de São Paulo já têm dono. O empresário Dirceu Frederico Sobrinho gravou um vídeo nesta sexta-feira (6) dizendo que a carga avaliada pela Polícia Federal em R$ 23 milhões é dele.
Dirceu é o dono da FD Gold, uma distribuidora de valores com sede na Avenida Paulista. O empresário nega que a mercadoria tenha sido extraída ilegalmente de garimpos clandestinos nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.
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“Estou aqui para fazer um esclarecimento, para declarar que esse ouro pertence à minha empresa, FD Gold. Todo ele foi comprado sob permissão de lavra garimpeira concedida, que não pertence a área indígena, que não pertence a garimpos ilegais”, disse Dirceu Frederico Sobrinho.
O ouro chegou de avião em Sorocaba, no interior de São Paulo. A carga foi colocada no porta-malas de dois carros, que seguiram para São Paulo. Na região de Itu, policiais militares rodoviários fizeram a apreensão.
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Seis homens faziam a escolta do ouro. Entre eles, dois PMs vinculados à Casa Militar do governo paulista, órgão responsável pela segurança pessoal do governador.
O avião usado no transporte do ouro até Sorocaba estava sequestrado pela Justiça numa outra investigação, que também apura um esquema de extração ilegal de ouro. O advogado Artur Gomes Ferreira, da empresa FD Gold, diz que a empresa desconhecia a decisão.
“Nós desconhecíamos até então, só tomamos conhecimento na apreensão, porque quando foi elaborado o plano de voo, na Anac, não havia qualquer restrição ao voo da aeronave”, afirma.
O advogado nega qualquer irregularidade na extração do ouro nesta operação e em qualquer outra, e culpa a falta de fiscalização por ações ilícitas.
“Por diversas vezes, houve eventos que tratou-se de apuração de origem de ouro comprado e já foi arquivado. Há uma dificuldade do entendimento da operação do ouro, da compra e venda de ouro legal. A falta de fiscalização que existe por parte do governo propicia que empresas comerciais comprem de forma ilegal o ouro e estão nos confundindo”, diz.
A FD Gold atua como intermediária, comprando ouro de garimpeiros e revendendo para instituições financeiras e exportadoras de metais preciosos. A empresa não quis dizer quem seria o destinatário final do carregamento apreendido na quarta-feira (4).
Fonte: G1