26 abril, 2024

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Clubes das Séries A e B divulgam nota repudiando termos da Libra

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As discussões sobre a criação da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) têm se intensificado ao longo dos últimos dias – após oito clubes assinarem a proposta de criação. Mas é preciso consenso entre os 40 clubes das duas divisões. E isso ainda não aconteceu.

Nesta sexta-feira, houve uma reunião entre os clubes que não assinaram a Libra. Após o encontro, o novo bloco formulou uma carta repudiando os termos estabelecidos pela Liga. A principal questão está no fato de que as equipes deste novo bloco não aceitam os percentuais de divisão de receitas para adesão à proposta criada pelo Flamengo e por clubes paulistas.

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O Cuiabá e o Fortaleza foram os primeiros a compartilhar o texto, através das redes sociais dos respectivos clubes. Na sequência, outros clubes envolvidos seguiram o mesmo caminho.

Sede da CBF, Rio de Janeiro — Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Sede da CBF, Rio de Janeiro (Foto: Lucas Figueiredo / CBF)

A carta foi formulada pelos clubes que participaram da reunião desta sexta. No texto em questão, mencionam o encontro, que teve como objetivo discutir a contraproposta a ser apresentada para a criação da Liga.

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– Entre os assuntos debatidos, o mais relevante foi a divisão de receitas de forma que contribua de fato para o aprimoramento da competição, tornando menos desiguais as condições de competitividade atuais – diz o texto.

Os oito clubes que assinaram a criação da Libra (Corinthians, Red Bull Bragantino, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo, Ponte Preta e Cruzeiro) concordaram com uma divisão das receitas com:

  1. 40% repartidos de forma igualitária,
  2. 30% variável por performance
  3. 30% variável por engajamento e audiência.

As 27 equipes envolvidas neste novo bloco, no entanto, apresentam uma divisão diferente. Seriam:

  1. 50% repartidos de forma igualitária
  2. 25% por performance
  3. 25% por engajamento

Os critérios sobre o engajamento, por sua vez, ainda estão sendo discutidos – conforme mencionado na carta divulgada pelos clubes.

Além disso, os clubes também buscam garantir que a diferença entre os valores recebidos nessas variáveis não seja muito grande. A proposta do bloco é estabelecer uma máxima diferente entre o que mais ganha e o que menos ganha – de 3,5. Nos bastidores, também discute-se o pedido de 20% das receitas para a Série B do Brasileiro.

Clubes que assinaram e divulgaram a carta

  • Athletico
  • Atlético-GO
  • Avaí
  • Brusque
  • Ceará
  • Cuiabá
  • Fluminense
  • Fortaleza
  • Náutico
  • Operário-PR
  • Sport

CARTA: Clubes das séries A e B discutem contraproposta para criação da Liga

A maioria dos clubes de futebol integrantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro segue em seu esforço pela criação da Liga de Clubes e, com esse objetivo, se reuniu na tarde desta sexta-feira para discutir os critérios que nortearão, em bases sustentáveis e justas, o equilíbrio de forças no futuro.

Entre os assuntos debatidos, o mais relevante foi a divisão de receitas de forma que contribua de fato para o aprimoramento da competição, tornando menos desiguais as condições de competitividade atuais.

Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem sucedidos este percentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League, por exemplo.

Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes.

Outro ponto a ser aprimorado é a adoção de premissas que não privilegiem pilares de difícil aferição, em especial ao que tange a engajamento. Tais critérios, na visão da maioria dos clubes que participaram da reunião, apenas perpetuam a posição de superioridade de alguns sobre outros, não dando a oportunidade de maior equilíbrio dos campeonatos.

A criação da Liga entre os 40 clubes será a oportunidade de se mudar efetivamente o futebol brasileiro e esse objetivo não pode se subordinar a interesses individuais de alguns, petrificados há décadas na superioridade de recursos. Sabemos que não seria justo buscar igualdade total de receitas, mas sim equanimidade e melhor distribuição.

O futebol brasileiro não avançará sem que haja um consenso entre os 40 clubes das séries A e B de que a justa distribuição de receitas gerará maiores oportunidades na disputa.

Fonte: G1

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