06 maio, 2024

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O maior enigma estelar que existe

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Recriação artística da estrela Tabby com uma nuvem de cometas ao seu redor (Reprodução)

KIC 8462852 é um nome muito complicado, então todo mundo se refere a essa estrela como Tabby, em homenagem à astrônoma Tabetha Boyajian, uma das responsáveis pela detecção da anomalia. Essa estrela está localizada a cerca de 1.500 anos luz da Terra e, em 2015, saltou para as primeiras páginas de todos os meios de comunicação por suas flutuações e mudanças de brilho, detectadas pelo telescópio Kepler.

O artigo de Tabetha, intitulado “Where’s the flux?”, traz um dos enigmas estelares mais fascinantes de todos os tempos. O que está acontecendo com a estrela e por que seu brilho muda tão de repente?

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Em primeiro lugar, a mudança da luminosidade nas estrelas é a principal ferramenta de detecção de exoplanetas orbitando em torno deles. O método é conhecido como método de trânsito, e resumindo de uma maneira simples, a ideia é detectar objetos que alteram a luz de uma estrela simplesmente por passar na frente dela. Esses pequenos “eclipses” são traduzidos em variações de luz que indicam que há um corpo cruzando a órbita de uma determinada estrela.

Jason Wright e sua hipótese da Esfera de Dyson

No entanto, o estrela Tabby é diferente, muito diferente. Suas alterações de luz apresentam um padrão confuso e muito pronunciado. As outras estrelas observadas possuem um trânsito ordenado em sua órbita, com uma variação de quase 1% em sua luminosidade. Em Tabby, essas variações podem chegar até 20%.

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Esse aparente caos na luz procedente de Tabby não envolve outros corpos circundando a sua órbita, pois se fosse o caso, as alterações de luminosidade seriam muito mais sincronizadas e periódicas. Os dados da KIC 8462852 representam um mistério para o qual emergiram inúmeras soluções. Dentre elas, a mais simples é a de que uma nuvem de asteroides ou cometas estariam circulando a estrela, mas também há hipóteses mais… criativas (como a possibilidade da estrela ser uma esfera de Dyson construída por uma civilização avançada).

Recriação artística de uma esfera de Dyson ao redor de uma estrela

Não é brincadeira. Alguns professores universitários e pesquisadores de renome corroboram com a hipótese de que as mudanças estranhas na luminosidade dessa estrela sejam causadas pelo trânsito de gigantescas estruturas que a orbitam. Na verdade, o projeto SETI está muito interessado na estrela e já começou seu estudo radiométrico, embora os resultados tenham dado negativo até o momento.

Para adicionar ainda mais mistério à questão da estrela, novas observações publicadas no início desse ano mostraram mais uma particularidade de Tabby: Analisando e comparando o brilho da estrela com resultados de anos atrás, tudo parece indicar que o brilho de Tabby está diminuindo em um ritmo notável, uma perda de quase 1,5% de luminosidade a cada ano.

Diminuição do brilho da estrela Tabby com o passar dos anos

A enigmática Tabby segue intrigando os astrofísicos. Vários cientistas que a pesquisaram encontram mais e mais anomalias e mistérios. O princípio da parcimônia (também conhecido como a faca de Occam) nos indica que a solução mais simples tende a ser a mais provável, descartando a possibilidade da estrela ser, na verdade, um construto extraterrestre. Uma boa explicação seria que a estrela é orbitada por uma grande nuvem de poeira e objetos (como no caso dos anéis de Saturno), revelando um sistema planetário em formação, um cinturão de asteroides ou cometas…

Até o momento, não há nada conclusivo. Tabby continua sendo um mistério que desperta muita curiosidade no meio científico, tanto por suas hipóteses mais razoáveis quanto pelas ideias mirabolantes que ela desperta.

Fonte: Yahoo!

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