06 maio, 2024

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Nem toda a tecnologia do mundo conseguiu decifrar esse código

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Um dos maiores mistérios linguísticos de que se tem notícia, o manuscrito Voynich, remonta ao século XV, embora tenha desaparecido do público para vir à tona apenas no início do século XX, pelas mãos de um comprador de livros cujo sobrenome acabou batizando o achado. Ao adquirir um lote de livros usados na Itália em 1912, Wilfrid Voynich trouxe à luz um documento que insiste em desafiar criptólogos e especialistas com seu conteúdo indecifrável, ornamentado por estranhos desenhos de ervas medicinais, símbolos astrológicos e mulheres nuas.

Há quem acredite se tratar de uma “pegadinha” de origem medieval, uma vez que a imensa dificuldade de decifração de seu conteúdo pode ser atribuída ao fato de que talvez não haja conteúdo a ser desvendado, não passando assim de um conjunto de símbolos sem sentido. Outros especialistas, no entanto, acreditam que pode se tratar de um código inventado especialmente para o tal manuscrito, advindo daí sua complexidade e singularidade.

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Em que se pese o mistério que paira sobre o significado do manuscrito de Voynich — se é que há algum significado —, pesquisadores já detectaram padrões nessa escrita enigmática, como separação de palavras, repetições e reiterações, entre outras particularidades linguísticas que caracterizam alguns idiomas, reforçando a tese de que há uma mensagem implicada naqueles símbolos.

Nem mesmo avanços tecnológicos ajudaram especialistas a decifrar o documento. Desde que veio a público, o manuscrito que se acredita criptografado resistiu aos maiores esforços de decifração, frustrando até mesmo renomados code breakers da Segunda Guerra Mundial com experiência em decifrar mensagens encriptadas de exércitos inimigos.

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Marcelo Montemurro, um físico da Universidade de Manchester, no Reino Unido, há anos estuda o manuscrito, valendo-se de um método computadorizado de análise de texto baseado em estatísticas. Embora o significado das palavras ainda permaneça um mistério, a abordagem do físico revela padrões e estruturas recorrentes, fato também observável em línguas naturais (isto é, não inventadas), sendo portanto pouco provável que se trate de um texto “falso” ou sem sentido. Em contrapartida, um matemático chamado Gordon Rugg, da Universidade de Keele (Reino Unido), acredita que o manuscrito é uma brincadeira deliberada. Para comprovar sua tese, Rugg criou um código tão complexo quanto o do documento misterioso apenas para demonstrar que, mesmo apresentando padrões recorrentes, um texto como aquele não passa de uma pegadinha.

Seja uma língua inventada, um texto sem sentido ou, ainda, uma língua real codificada segundo um padrão desconhecido, a essa altura já não parece importar quem está com a razão, dada a falta de evidências. O fato é que o manuscrito continuará como pomo da discórdia na comunidade acadêmica até que provas irrefutáveis a respeito do seu conteúdo apareçam. Até lá, seu significado será o próprio enigma que ele representa.

Fonte: Yahoo!

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