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O presidente e CEO da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou que a parceria com a fabricante de aeronaves norte-americana Boeing, cujos termos foram detalhados nesta segunda-feira (17), deve criar o maior grupo de aviação do mundo.
“Acreditamos que o acordo vai acelerar o crescimento da empresa e que essa parceria criará o maior grupo de aviação do mundo”, disse em teleconferência com investidores.
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Quando Boeing e Embraer anunciaram intenções de se unir, em 2016, a expectativa era de que pudessem criar um negócio capaz de fazer frente à união entre suas maiores concorrentes, a europeia Airbus e a canadense Bombardier, que uniram forças em 2017.
Mais cedo, a Embraer informou que as duas empresas aprovaram os termos do acordo anunciado em julho do ano passado, que prevê a criação de uma nova empresa (joint venture) de aviação comercial no Brasil. As ações da companhia chegaram a subir mais de 7% na B3.
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Os benefícios gerados pela nova empresa serão divididos igualmente entre a Embraer e a Boeing. Já os custos serão assumidos separadamente, explicou a investidores o vice-presidente Executivo Financeiro e Relações com Investidores, Nelson Krahenbuhl Salgado.
Detalhes do acordo
A parceria firmada entre Boeing e Embraer prevê a criação de uma nova empresa (joint venture) de aviação comercial no Brasil. O negócio é avaliado em US$ 5,26 bilhões. Inicialmente, quando as duas empresas assinaram um memorando, o valor era estimado em US$ 4,75 bilhões.
A JV Aviação Comercial terá participação de 80% da Boeing – que fará um aporte de US$ 4,2 bilhões no negócio –, e os 20% restantes serão da Embraer.
A fabricante brasileira de aeronaves terá o direito de vender sua parte na empresa para a fabricante norte-americana a qualquer momento, por meio de uma opção de venda.
O acordo ainda precisa ser aprovado pelo governo brasileiro, que é dono de uma “golden share” na companhia e tem poder de veto em decisões estratégicas, como a transferência de controle acionário da empresa.
Fonte: G1