Anúncios
A Marinha colombiana anunciou, nesta quinta-feira, ter apreendido cerca de três toneladas de cocaína com alto teor de pureza em um narcossubmarino no oceano Pacífico. De acordo com as autoridades, o carregamento de droga foi avaliado em US$ 107 milhões, o equivalente a R$ 550 milhões.
A droga estava armazenada em 185 recipientes, levados dentro do semisubmersível de 20 metros de comprimento. Veja abaixo imagens divulgadas pela Marinha da Colômbia:
Anúncios
#ULTIMOMINUTO 🚨@ArmadaColombia en cumplimiento del plan de campaña estratégico “Ayacucho” en desarrollo de operaciones conjuntas, interceptó un semisumergible de 20 metros de largo navegando en el Pacífico Sur cuando transportaba 3.201 kilogramos de clorhidrato de cocaína. pic.twitter.com/KraTVqOwjF
— Fuerza Naval del Pacífico (@FNP_ArmadaCol) October 5, 2023
Quatro homens estavam dentro da embarcação. Eles foram presos e levados para Tumaco, município do departamento de Nãrino, e estão à disposição de Procuradoria-Geral da República. Testes de laboratório confirmaram que o material apreendido dentro narcossubmarino era cocaína.
Ainda segundo a Marinha, os 3.201 kg de cocaína levados pela embarcação poderiam ser distribuídos em mais de oito milhões de doses. Apenas em 2023, segundo a Marinha da Colômbia, 19 semisubmersíveis foram capturados pelas autoridades nas águas do país.
Anúncios
Maior narcossubmarino apreendido
Em maio deste ano, a Marinha colombiana apreendeu o maior narcossubmarino da História da Colômbia, com 30 metros de comprimento e três metros de largura. A embarcação levava cerca de três toneladas de droga. O semissubmersível foi interceptado quando seguia para a América Central, uma das rotas mais utilizadas para o tráfico ilegal para os Estados Unidos, principal consumidor mundial de cocaína colombiana.
Esse é o maior semissubmersível identificado desde o início dos registros, em 1993, no maior produtor de cocaína do mundo. Em três décadas, a Marinha apreendeu 228 navios desse tipo, que saem carregados com toneladas de drogas do Oceano Pacífico para os Estados Unidos ou até cruzam o Atlântico para chegar à Europa.
![](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/0xSn8wfpOpgsc_A17XELqoycSgg=/0x0:1599x899/888x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/b/W/hxTq8tRNamCAnrHEeDqA/narcosubmarino-out-23.jpg?quality=70&f=auto)
De nacionalidade colombiana, os tripulantes detidos alegaram ter sido “obrigados por uma organização do narcotráfico a embarcar e levar o semissubmersível com o alcaloide para a América Central”, segundo o boletim.
Após a operação, os homens de 63, 54 e 45 anos foram conduzidos a Tumaco (sul) para serem entregues à justiça. Segundo cálculos da Marinha, a apreensão significou um prejuízo de US$ 103 milhões (R$ 507 milhões) para a organização. Fabricados na Colômbia, esses barcos rústicos e leves percorrem a superfície da água com distâncias maiores que as lanchas e são difíceis de rastrear pelas autoridades.
A legislação do país pune uso, construção, comercialização, posse e transporte de semissubmersíveis com penas de até 14 anos de prisão. Depois de meio século de guerra contra as drogas com financiamento e ajuda dos Estados Unidos, a Colômbia continua batendo recordes de produção de cocaína.
Em 2021, o plantio da safra de onde é extraída a droga ocupou 204 mil hectares, e a produção de cloridrato de cocaína ficou em torno de 1,4 mil toneladas, segundo a ONU. Atingida por mais de meio século de conflito armado, a Colômbia não conseguiu extinguir a violência financiada pelo narcotráfico, que deixou mais de 9 milhões de vítimas.
Fonte: Agências