27 de novembro, 2024

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Morador de rua é preso após ofender funcionários de serviço social com frases racistas em Boituva

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Um morador de rua foi preso depois de ofender, com frases racistas, funcionários do Serviço de Obras Sociais (SOS) de Boituva, no interior de São Paulo.

O crime aconteceu na quarta-feira (16), dentro da organização que atende pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e presta serviços à prefeitura da cidade.

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As vítimas contaram à polícia que a primeira ofensa foi feita pela manhã, quando o homem de 50 anos foi ao SOS, solicitando atendimento para agendar a segunda via do RG, mas disse a um funcionário negro que “não queria ser atendido por preto”.

Segundo o boletim de ocorrência, durante o atendimento, o morador de rua também ofendeu outra funcionária, dizendo que “se tivesse de botina, ele iria chutar a boca dela”.

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Ainda conforme as vítimas contaram à Polícia Civil, horas mais tarde, o homem voltou ao SOS e pediu assistência para conseguir uma passagem de ônibus para Sorocaba. No entanto, a funcionária informou que não seria possível fornecê-la na mesma hora por conta das burocracias.

A mulher contou à polícia que, na sequência, o morador de rua disse que “gente da sua cor, gente da África, desses lugares, gostam de briga”. Ao pedir respeito, ela afirmou que o homem ainda respondeu: “você entende português ou quer que eu fale no seu idioma?”.

A Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada e o homem foi preso em flagrante por injúria racial. Ele ficou detido na delegacia de Boituva e foi liberado após audiência de custódia nesta quinta-feira (17).

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foi concedida a liberdade provisória ao homem, mas ele terá que comparecer a todos os atos processuais e não poderá frequentar “lugares de má reputação, tais como bares, bordéis, casas de jogos e diversões noturnas”.

Além disso, o TJ informou que o morador não vai poder sair da cidade por mais de dez dias sem autorização judicial e deverá ficar recolhido em casa no horário noturno.

Ainda conforme o Tribunal de Justiça, “há indicativos de que se trata de pessoa com problemas mentais”, por isso, ele ficou obrigado a comparecer ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas para tratamento.

Fonte: G1

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