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Uma família de Ibitinga (SP) viveu em pouco mais de um dia nesta semana a tensão de perder um animal de estimação e a emoção de recuperá-lo a cerca de 40 quilômetros de distância, em outra cidade.
Mas segundo a empresária Natália Tagliarini Arantes de Arruda Prado, de 40 anos, a saga da pequena Mel, uma yorkshire de quatro anos de idade, só teve um final feliz por conta da força da internet e das redes sociais.
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A cachorra e seu filho, o também yorkshire Tobias, escaparam da casa da empresária após um descuido com o portão aberto na manhã de segunda-feira (7). Tobias apareceu logo depois, mas Mel não voltou.
Desesperada, Natália publicou a notícia do desaparecimento nas suas redes sociais e até ofereceu uma boa recompensa em troca de notícias da pet.
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A história ganhou repercussão depois que Natália descobriu em imagens de câmeras de segurança da região de sua casa que a cachorrinha, na verdade, havia sido capturada enquanto estava perdida nas proximidades de sua residência.
Nas imagens, um carro aparece parando ao lado dos dois cachorros e uma garota sai correndo atrás de um deles – Tobias conseguiu escapar e voltou para casa. Outra mulher também sai do carro correndo e logo em seguida elas aparecem em imagens com Mel no colo.
A empresária registrou um boletim de ocorrência pelo crime de “apropriação de coisa achada”, e colocou as imagens da captura nas redes sociais.
Logo, a cena ganhou repercussão e a publicação original chegou a registrar cerca de 4 mil compartilhamentos, segundo Natália.
No fim da noite desta terça-feira (8), uma moradora de Bariri, cidade distante 40 quilômetros de Ibitinga, chamou a empresária pelas redes sociais informando que a cachorra estava com sua filha e que ela poderia pegá-la.
Natália foi a Bariri com o marido, recuperou a yorkshire, e usou as mesmas redes sociais que a ajudaram a achar a cachorra para registrar seu desabafo.
“A mulher que pegou a Mel disse que fez isso porque a cachorra estava correndo perigo, mas acho estranho ela sair correndo atrás e levar para outra cidade, sem avisar ninguém que achou, sem tentar achar o dono de um animal que claramente tinha dono. A frase ‘achado não é roubado’ é uma concepção que muitos acreditam ser verdadeira, mas não é bem assim”, escreveu Natália.
A empresária acredita que a publicação, indicando um possível crime, incentivou a família da pessoa que pegou a cachorra a fazer a devolução.
Outro lado
Ao G1, a empresária Miriam Maria Rosa, mãe de uma das jovens que pegou a cachorra, disse que a filha de 19 anos e as amigas apenas pegaram o animal porque ele estava solto na avenida.
“Elas pegaram sem intenção de maldade. Até acho que elas deveriam ter levado a cachorra numa delegacia, mas elas nem pensaram nisso. Elas não roubaram, não são ladras, tanto que quando vi na internet, liguei na hora pra devolver”, explica a empresária.
A garota que ficou com a cachorra, e que pediu para não ser identificada, disse à reportagem que ela e as amigas não roubaram o animal e apenas o pegaram para que não fosse atropelado.
“Corremos sim atrás dela, para pegá-la pra não acontecer algo pior. Fomos até uma casa de ração, perguntamos e ninguém sabia de quem era. Trouxemos para Bariri, e não postamos nada porque apareceriam vários ‘donos’ porque o cão era de raça”, explicou a jovem.
Fonte: G1