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O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse neste sábado (22) que ainda não há sinal de transmissão comunitária da variante indiana da Covid-19 no Brasil.
O ministro também anunciou a implantação de barreiras sanitárias no país para conter o avanço da variante, identificada em um paciente internado no Maranhão.
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“Não há indício de transmissão comunitária, mas a vigilância tem trabalhado”, disse Queiroga a jornalistas em Brasília.
O indiano de 54 anos identificado com a variante está internado desde o dia 14 de maio, quando o navio do qual era tripulante, MV Shandong da Zhi, chegou ao litoral maranhense vindo da Malásia.
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A confirmação da nova cepa foi feita nessa sexta-feira (21). Neste sábado, ele foi intubado após apresentar piora no quadro clínico.
Barreiras sanitárias
O ministério anunciou a criação nos estados de barreiras sanitárias em locais de grande circulação de pessoas, como rodoviárias e aeroportos, para intensificar a testagem e identificação de doentes com a Covid.
De acordo com a pasta, está prevista a distribuição de 2,4 milhões de testes para todo o país.
“A ideia é que a gente faça uma busca ativa em locais de circulação e pontos de saída, buscando pessoas sintomáticas e assintomáticas, e os grandes locais de pesquisa seriam nas rodoviárias urbanas e rodoviárias federais e estaduais e outras vias de acesso. Então, de forma ativa, buscando essas pessoas que estão sintomáticas utilizando esse teste de antígeno que tem um resultado rápido”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
Os testes não são capazes de identificar a variantes do vírus. Para isso, será necessário fazer uma análise genética em material dos doentes.
“Em caso de resultado positivo, se isola e se vai investigar para ver se genomicamente aquele caso positivo corresponde a uma variante indiana”, completou Cruz.
Variante indiana no Brasil
Além do Maranhão, o Ceará monitora dois casos suspeitos de doentes com a cepa indiana.
Neste sábado, a Prefeitura de Primavera, no nordeste do Pará, notificou dois casos suspeitos da variante indiana do coronavírus na cidade. Os quadros ainda são investigados e monitorados, segundo a prefeitura.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a variante B.1.617 está sendo classificada como um tipo “digno de preocupação global”.
A análise genética revelou que essa variação apresenta mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por se conectar aos receptores das células humanas e dar início à infecção.
Em linhas gerais, tudo indica que esses “aprimoramentos” genéticos melhoram a capacidade de transmissão do vírus e permitem que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade.
Fonte: G1