05 maio, 2024

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Milhares de mulheres tomam as ruas de Paris para protestar contra a violência e o feminicídio

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Milhares de pessoas desfilaram neste sábado (23) em Paris, na França, para pedir um basta à violência contra as mulheres e ao feminicídio. Atentendo a um chamado do coletivo #NousToutes – ou Todas Nós, em português -, uma “maré roxa”, tomou as ruas de Paris para dar visibilidade à causa e pressionar as autoridades a tomarem medidas concretas, no contexto do aumento alarmante do número de vítimas.

Todos os anos na França, 250.000 mulheres são vítimas de violência e a cada dois dias uma mulher é morta por seu cônjuge ou ex-cônjuge. Diante dessa realidade, a organizadora da marcha, Caroline de Haas, e seu coletivo #NousToutes chamam Emmanuel Macron para decretar um plano de emergência.

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“Se o Presidente da República não decidir uma mudança radical de política pública, ainda haverá violência em massa em 2020. Portanto, precisamos de € 1 bilhão de extras para combater a violência e precisamos de medidas que mudem fundamentalmente as coisas”, afirma de Haas.

Mulher segura cartaz dizendo "Não se mata jamais por amor" em protesto na cidade de Paris neste sábado (23) — Foto: AP Foto/Thibault Camus
Mulher segura cartaz dizendo “Não se mata jamais por amor” em protesto na cidade de Paris neste sábado (23) (Fotos: Reprodução)
Milhares protestam por direitos da mulher em Paris neste sábado (23) — Foto: Alain Jocard/AFP
Milhares protestam por direitos da mulher em Paris neste sábado (23) (Foto: Reprodução)

Uma falta ‘intolerável’ de profissionalismo

Entre essas medidas, elas pedem a capacitação de profissionais em contato com mulheres vítimas.

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“Somos instruídas a denunciar. Mas, quando as mulheres prestam queixa, às vezes são assassinadas. Temos dezenas, centenas de testemunhos de mulheres vítimas de violência conjugal que chamam a polícia e escutam, dos policiais: ‘senhora, não nos movemos por uma vassoura quebrada’. É intolerável essa falta de profissionalismo. E não é culpa da polícia e dos policiais, é porque eles não são treinados para detectar a violência e intervir urgentemente”, diz a organizadora da marcha

O coletivo também pede a criação de um certificado obrigatório de não-violência para estudantes do ensino médio, o estabelecimento de tribunais especializados e o fortalecimento de todos os dispositivos existentes.

Manifestantes pedem mudanças na legislação francesa de proteção à mulher em Paris — Foto: AP Photo/Thibault Camus
Manifestantes pedem mudanças na legislação francesa de proteção à mulher em Paris (Foto: Reprodução)
Jovem segura placa contra feminicídio em protesto na cidade de Paris neste sábado (23) — Foto: DOMINIQUE FAGET / AFP
Jovem segura placa contra feminicídio em protesto na cidade de Paris neste sábado (23) (Foto: Reprodução)

Participação brasileira

Muitas brasileiras radicadas em Paris, pertencentes a diversos grupos feministas ou mesmo por iniciativa própria, participam da marcha.

Uma delas é Andrea Clemente, líder do Grupô Mulheres do Brasil. Ela falou à RFI diretamente da Praça da Ópera, onde a multidão se concentrou, antes de marchar em direção à Praça da Nação.

“Para nós, do Grupo Mulheres, fazer parte desta marcha é de vital importância. A causa da violência contra a mulher é uma das nossas principais bandeiras no Brasil e no mundo. No Brasil, vai ter uma grande marcha no dia 8 de dezembro e nós nos unimos à França nesta marcha de hoje”, diz Clemente.

Manifestantes seguram cartazes com nome de vítimas de violência contra a mulher em Paris  — Foto: AP Photo/Thibault Camus
Manifestantes seguram cartazes com nome de vítimas de violência contra a mulher em Paris (Foto: Reprodução)

Fonte: Yahoo!

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