09 de março, 2025

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Mesmo se não apresentar sintomas, imunizado que teve contato com pessoa com Covid tem de ficar em casa, afirmam os médicos

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Está cada vez mais frequente ter alguém do círculo familiar ou do trabalho que positivou para a Covid-19. Num momento de disseminação da ômicron, que é mais contagiosa que as variantes anteriores do coronavírus, é importante tomar a vacina e endurecer novamente com as medidas sanitárias para se proteger e não colocar outras pessoas em risco. Uma das dúvidas do momento é o que fazer quem está vacinado e teve recente contato com alguém que terminou de positivar para a Covid.

Mesmo que não apresente sintomas, a orientação é ficar em casa e se observar. Caso desenvolva sintomas, mesmo que leves, deve procurar atendimento médico, ressalta João Paulo Poli, infectologista do Grupo São Francisco, que integra o Sistema Hapvida. “O isolamento de assintomáticos é para evitar a contaminação de outras pessoas, principalmente àquelas com imunidade comprometida, como os idosos, quem tem doença crônica, câncer e os HIV positivo”, explica. O tempo de isolamento total para os infectados pela ômicron não está bem estabelecido ainda, mas é seguro considerar 10 dias, acrescenta ele.

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Poli lembra que a ômicron é uma cepa nova, da qual ainda não se conhece muito. Identificada inicialmente na África do Sul e Botsuana, mas quase simultaneamente em outras partes do mundo, tem elevado número de mutações, principalmente na proteína de superfície Spike. E é isso o que confere à ela altíssima taxa de contágio comparado às cepas anteriores. “Até o momento, os dados mostram que é menos letal, mas ainda é cedo para determinar visto que é uma variante recém-descoberta. Mas sabemos que é responsável pela explosão recente de casos no mundo todo. Inicialmente na África do Sul, Europa e Estados Unidos. E, agora, provavelmente no Brasil”, comenta.

Por isso, a preocupação em frear o contágio. A boa notícia é que entre os vacinados infectados pela ômicron, até agora, o mais comum são sintomas leves. Os mais frequentes, de acordo com o infectologista, são dor no corpo intensa, dor de cabeça, mal-estar, dor de garganta e congestão nasal, que é o nariz entupido. Já tosse e falta de ar e perda de olfato e paladar são mais raros.

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Como a variante ômicron é mais transmissível, o infectologista João Paulo Poli frisa que é necessário endurecer com as medidas sanitárias adotadas lá no início da pandemia: uso de máscara em tempo integral, higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, distanciamento social e evitar locais fechados sem ventilação natural e aglomerações de todo o tipo. A telemedicina, um serviço oferecido pelo Sistema Hapvida, é uma importante aliada porque pode auxiliar no diagnóstico e orientação do paciente sem que ele se exponha em ambientes de serviços de saúde.

Já a higienização de superfícies com álcool e não entrar em casa com roupas e calçados vindos da rua são atitudes consideradas de pouco efeito porque se sabe que a principal forma de transmissão do coronavírus é pelo ar. Sobre o tipo de máscara, a orientação não mudou, conta o infectologista: N95 para ambientes hospitalares e locais que prestam assistência a casos suspeitos de Covid-19 e as cirúrgicas e as de pano com três camadas para outros ambientes. “Nada impede que a pessoa use uma máscara com maior capacidade de proteção, mas elas são de difícil manipulação e custo elevado, por isso mais utilizadas por profissionais de saúde. As de pano, se trocadas com frequência, cumprem seu papel, juntamente com o distanciamento de dois metros e a ventilação natural de ambientes”, orienta João Paulo Poli.

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