28 março, 2024

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Mercosul pede restabelecimento da ordem institucional e diálogo na Venezuela

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O bloco Mercosul pediu nesta sexta-feira (21) à Venezuela o restabelecimento da ordem institucional e que o governo de Nicolás Maduro e a oposição iniciem um diálogo que permita um “arranjo político crível”.

O comunicado conjunto foi emitido pelos Estados-membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) bem como Chile, Colômbia, Guiana e México, que se reuniram na cúpula de chefes de Estado na cidade argentina de Mendoza. Na nota, os países reiteram sua “profunda preocupação com o agravamento da crise política, social e humanitária” na Venezuela.

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Além disso, o texto faz “um apelo urgente pelo fim da violência e pela libertação de todos os detidos por razões políticas”.

Os países signatários da declaração exigem o restabelecimento “da ordem institucional, a vigência do Estado de direito e a separação de poderes, dentro do pleno respeito às garantias constitucionais e aos direitos humanos”.

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As nações pediram ao governo e à oposição que “não tomem nenhuma iniciativa que possa dividir ainda mais a sociedade venezuelana e agravar conflitos institucionais”.

“Convencidos de que a solução para a crise só poderá ser resolvida pelos venezuelanos, (os países signatários da declaração do Mercosul) pedem diálogo ao governo e às forças opositoras da irmã República Bolivariana da Venezuela, que permita um arranjo político crível”, diz o texto.

Finalmente, os países reiteraram “sua plena disposição para conduzir esse processo de diálogo entre venezuelanos da maneira que seus atores considerarem mais conveniente”.

Chefes de Estado do Mercosul se reúnem nesta sexta-feira (21) na Argetina (Foto: Reprocução/ Twitter/ Michel Temer)
Chefes de Estado do Mercosul se reúnem nesta sexta-feira (21) na Argentina (Foto: Reprodução)

A declaração não foi assinada por alguns dos países que participaram da cúpula, como Bolívia, Equador e Suriname.

Rascunho mais incisivo e convite a Brasília

Segundo o enviado especial da GloboNews à Mendoza, Carlos de Lannoy, que teve acesso a um rascunho do comunicado, a versão anterior da nota era mais incisiva do que o texto final que foi divulgado.

Um dos itens que foi retirado, por exemplo, foi um reconhecimento da validade do plebiscito simbólico realizado pela oposição no final de semana passado.

A nota não cita também não cita a Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro.

O chanceler brasileiro Aloysio Nunes disse em entrevista a Lannoy que o Brasil convidou o presidente Maduro, deputados da Assembleia Nacional e integrantes da oposição venezuelana para ir à Brasília neste mês para discutir a crise no país (assista no vídeo no início desta notícia). A decisão foi tomada em consenso com os outros membros do bloco.

‘Grande preocupação’

Mais cedo, o presidente brasileiro Michel Temer, presidente rotativo do bloco econômico, disse que os países do bloco acompanham com “grande preocupação” a crise política em território venezuelano.

“Somos profundamente sensíveis à deterioração do quadro político-institucional, às carências sociais que, nesse país amigo, ganham contornos de crise humanitária”, enfatizou.

“Nossa mensagem é clara: conquistamos a democracia, em nossa região, com grande sacrifício, e não nos calaremos, não nos omitiremos frente a eventuais retrocessos”, complementou o presidente.

Assembleia Constituinte

Desde 1º de abril, a Venezuela vive uma onda de manifestações a favor e contra o governo, algumas das quais se tornaram violentas e deixaram cerca de 100 mortos e mais de mil feridos.

O governo Maduro convocou para o dia 30 de julho as eleições para a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte, à qual se opõe a oposição.

Fonte: G1

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